O fim dos partidos.
Os partidos
políticos já não são – se fizermos caso da última tendência –
os instrumentos para fazer política. Os movimentos de protestos de
2013, não resultaram em nenhum novo partido, como foi o caso da
Itália em 2009 com o 5 Stelle e na Espanha mais recentemente como o
Podem, que no momento presente já são partidos, o 5 Stelle (M5S)elegeu
como partido isolado a maior bancada de deputados e outro tanto de
senadores nas últimas eleições italianas.
Por aqui vamos
fazendo de conta que não há desnutrição infantil, que Santas Casas e Maternidades não fecham, que leitos hospitalares não desaparecem, que na
educação fundamental as escolas não são um depósito de crianças
esperando pela maioridade, que os impostos não sobem. A oposição
não existe, no aspecto social, está preocupada com as ganâncias da
Petrobras, com a subida e baixada da Bovespa, com os juros dos
rentistas, e por agora no período eleitoral em descobrir algum podre
do adversário.
Os partidos até tentam,
querem recuperar a dianteira, a centralidade política, mas já não
o são.
Os coletivos sociais, organizados com argumentos diversos, se
deram conta que os partidos não têm respostas nem os governos instalados, entretanto não me
parece que tenham tomado consciência da capacidade de mobilização
e da influência na esfera do poder. As mobilizações, uma vez
conscientes, deveriam ter como objetivo o de condicionar as políticas
de quem governa, ou o objetivo de neutralizar aqueles que pretendem
protagonismo na oposição. É certo que processo ainda não
terminou. E aparentemente, os coletivos organizados das manifestações
de julho de 2013, se aninham com a candidata sem partido.
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