14 de set. de 2014

Como dar uma má notícia.

Como dar má notícia.



O sitiante despertou na madrugada pela insistência do telefone: Oi! Sou o Tonho, que cuida do seu sítio. - Ola, seu Antônio, que aconteceu para o senhor me ligar a estas horas? - Nada, seu Doca, só queria lhe dizer que o seu loro morreu. - O meu loro, o louro que ganhou o concurso na TV? - Exato, este. - Que tristeza seu Antônio! Mas, morreu como? - Ele comeu carne podre. - E quem lhe deu carne? - Ninguém, ele comia a de um dos seus mangalargas puro sangue que morreu. - Como? Seu Antônio, me explica isso direito! - De cansaço, seu Doca, cansaço, de tanto ir ao poço buscar água. Valha me deus! E porque fazia isso? - Para apagar o fogo! - Fogo? Onde? Que fogo? - Na sua casa, seu Doca. - Meu deus, mas como pegou fogo! - Foi acidente, puro acidente, um círio que estava perto da cortina, pois veja... - Círio! Para que tinham um círio acesso? Se no sítio tem energia elétrica? - Então, seu Doca, foi um círio do velório! - Velório! Velório de quem, seu Antônio? - Então, da sua mãe, senhor. Ela veio para cá tarde, sem avisar, e eu disparei um tiro de escopeta, pensava que era um ladrão...

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