Como dar má
notícia.
O sitiante despertou
na madrugada pela insistência do telefone: Oi! Sou o Tonho, que
cuida do seu sítio. - Ola, seu Antônio, que aconteceu para o senhor
me ligar a estas horas?
- Nada, seu Doca, só queria lhe dizer que o seu loro morreu. - O meu
loro, o louro que
ganhou o concurso na TV?
- Exato, este. - Que tristeza seu Antônio! Mas, morreu como? - Ele
comeu carne podre. - E quem lhe deu carne? - Ninguém, ele comia a de
um dos seus mangalargas puro sangue que morreu. - Como? Seu Antônio, me explica isso direito!
- De cansaço, seu Doca, cansaço, de tanto ir ao poço buscar água.
Valha me deus! E porque fazia isso? - Para apagar o fogo! - Fogo?
Onde? Que fogo? - Na sua casa, seu Doca. - Meu deus, mas como pegou
fogo! - Foi acidente, puro acidente, um círio que estava perto da
cortina, pois veja... - Círio! Para que
tinham um círio acesso?
Se no sítio
tem energia elétrica? - Então, seu Doca, foi um círio do velório!
- Velório! Velório de quem, seu Antônio? - Então, da sua mãe,
senhor. Ela veio para cá tarde, sem avisar, e eu disparei um tiro
de escopeta, pensava que era um ladrão...
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