6 de set. de 2014

JK


Socialmente e politicamente, o país parece viver um momento de extraordinária intensidade. No entanto, a minha sensação é de monotonia, lento com aceleradas cautelosas, enfim, tédio, o bolero de Ravel levado ao pé da letra, que só é bom mesmo para o sexo, com a subida de tom estonteante, longe dai, a prática cultural não apresenta novidades positivas destacáveis. A política em compasso de espera, para a última palavra, quando não houver  tempo para recuos.
Ando disperso. Preciso sentir o hoje, em algum lugar Pessoa diz que o universo não tem ideias. O universo não é feito de ideias, senão de sensações, e se sinto hoje o que sentia ontem, e ontem já era um cadáver dos sentidos, é questão de perpetuar as memórias póstumas. E parece que culturalmente vamos rememorando, com falhanços, lapsos de memória, é o samba, a bola, a bossa... a ditadura, o getúlio, o lula o fhc, mas sinto que é preciso um JK.  

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