28 de set. de 2014

Há fumaça, mas nem sinais do fato.


Li, vi e ouvi o que tinham para dizer, os candidatos, faço constância, todos. Não me ocorre nada de original, ou essencial, a respeito. Dizer que a dialética, praticada, está na média do país, creio ser mais excesso de pedantismo, de minha parte, e não vem ao caso. Elucubrar, mais, se a corrupção faz parte da política, ou se é em si política, moral e ética social – desde sempre me parecem indistinguíveis o par ética e moral – não vejo sentido, entretanto. A corrupção é integral, pessoal, ainda que afete só por instante a pessoa. A gradação, não tem importância. Falar das diferenças entre os anjos e os demônios, é tema sem futuro: a Bíblia o faz com abundância. E nisso o livro sagrado é taxativo, rígido e não permite intercâmbio de essências, fenômeno fundamental em política. E ainda em plano bíblico, falar da perda de inocência - é custoso fazê-lo inocentemente - desconheço adultos inocentes. Falar de tragédia? Isso é coisa para Nietzsche. Decepção? Tristeza?
Política é isso: mais retórica que fatos, mais fumaça que fogo. Mas não posso viver sem!

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