Como fazer versos.
Vou botando uma
palavra atrás da outra,
a linha é frágil,
a palavra é pesada,
a linha arrebenta
a palavra cai para a
outra linha.
Volto a pô-las em
sequência.
Se as palavras
fossem bem escolhidas,
cadenciadas, com
ritmo preciso
com melodia
escreveria poemas.
Então, e tão
somente, então, ia falar de agronomia.
Que a as raízes
afundam na terra
de dia e de noite
sem melancolia.
Que tal Lua, e não
Marte, ajuda a colheita, e
há estrelas
vermelhas boas para a vagem
e o dourado do sol,
os buracos negros,
já não existem mais,
é a grande nova,
o feijão cresceu
até Perseus,
e não nos
aproximamos,
nos afastamos,
porque então vamos
sambar de sapatos pretos,
vestidos apertados e
vermelhos
com cheiro de
guarda-roupa
Ela se atrasou,
porque escolhia,
mas quem chegou na
hora certa, não teve que esperar,
o par que não
precisou escolher
Assim se acaba essa
litania.
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