Quando comecei a ter
aulas de geografia, de repente queria me chamar Berlim. Berlim
sonhava encontrar Lisboa e se casar. A primeira filha se chamou
Florença. Não há nome mais bonito que Florença. O menino logo
gerou grande discussão, propus Ohio, que pelos motivos óbvios,
rechaçado, claro a molecada na escola ia ter muito divertimento.
México nem pensar, me dizia Lisboa. A barriga de Lisboa crescia.
Tóquio disse desde o sofá, nem pensar fingindo braveza,
gesticulava Lisboa. As dores do parto se aproximando e não havia
acordo. Paris! Disse pensando ter a proposta vencedora. Não, dizia
meigamente Lisboa, meu Berlimdo! Se botar o acento vira mito! Dores
do parto. Correria. Maternidade. Buá buá! Dublim?
Lisboa! Sim, sim, sim Berlim, Dublim!
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