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25 de dez. de 2011

O Conto de Natal. My Home is my Castle. Antônio Niterói debruça-se sobre “O caso Yorkshire”.




Leio para você o Inciso XI do artigo Quinto da constituição, como Antônio Niterói fez na manhã daquela véspera de Natal. O Natal é festa. Antes de mais nada, festa que há de hoje em dia exibir consumo. Algumas pessoas exigem que se retome o espirito de natal. Como antigamente dizem. Sebá que lê muito, um Voltaire tupiniquim, dizia outro dia que antigamente a coisa era o fogo, o fogo em oposição ao solstício de inverno, antigamente, disse Sebá, nem havia a América, a América desapareceu como cultura com o seu descobrimento pelos europeus. E o fogo é anterior ao cristianismo, que tentou assimilar o culto pagão do fogo, pouco conseguiu senão que esses discursos de sensaborias, nessa planície de oradores mais falastrões, para não dizer hipócritas, que existem. Enquanto Maiara enchia as taças da espumante adocicada e com pressa para que as bolhas continuassem a explodir contra a face de Naiara que sentada nos joelhos de Antônio Niterói, exigia entendimento daquilo que se lia: A casa é asilo inviolável, ninguém nela podendo adentrar sem o consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial. Dizia Antônio Niterói a uma atenta adolescente, se não fosse, a concentração de cada um dos últimos meses de sua vida que transformaram meses em anos e a menina naquela mulher, casa dizia Antônio Niterói, não sem ocultar um desejo de Hubert Humberto: é qualquer compartimento habitado, imóvel, ou móvel imobilizado, a boleia de um caminhão, já o automóvel se sujeita a violabilidade. Não importa os aspectos estruturais da casa, pau-a-pique, mármore de carrara ou alvenaria, nem importa se você está em dia ou não com o senhorio, ou a prestação, não importa, e não importa a localização, ainda que sob um viaduto, é inviolável. 'Nossa tudo é casa' exclamava a Lolita, mas aonde você quer chegar Terói? Já estou e estou, no que diz, em algum lugar, a constituição: provas obtidas de maneira ilegal, não tem valor. Depois a imagem de qualquer réu, tampouco pode ser exibida, antes de um julgamento e no juridiquês com sentença transitada em julgada, seja caso concluído. 'Num entendo', é simples meu amor, lembra da princesa Diana, esse bisbilhotamento da vida alheia a levou a uma fuga que por desgraça acabou em morte, que poderia não sei se foi, jogada nas costas dos bisbilhoteiros, num entendo Terói, Naiara, se permitirmos isso, estaremos permitindo que de algum lugar do espaço sideral uma câmara vasculhe, bisbilhote o nosso quintal, eu sei, eu sei que você sabe, mas eu sei e você sabe, onde você bota o ouro do nariz.