26 de ago. de 2012

Voto Obrigatório.




A cidadania implica em direitos políticos, seja participação política ativa ou passiva, elegendo ou sendo eleito. Este conceito é constitucional, desde a revolução francesa, e da carta dos EUA. A estadunidense foi mais longe a cada homem vinculou um voto. Os franceses e o resto do mundo tardou um bocado mais, e a paridade só foi conquistada no âmbito de muita luta, na França revolucionária só votavam os proprietários, e sendo machos, se preferirem não femininos. Chego a identificar a falácia da democracia, mas a prefiro aos outros sistemas. Aqui o voto é duplamente obrigatório, seja normatizado na carta de 1988 e na própria definição do conceito de cidadania. Quem não tem direitos políticos, não é cidadão, nem lhe cabe a obrigatoriedade legal. Cidadão vota ou é votado. Mas vejo uma terceira obrigatoriedade, esta deve vir do fato de o humano ser essencialmente “Animal Politico”. Pode-se discutir as formas, direta, indireta, pois a não participação política importa no mais absoluto esvaziamento humano. Dado que os outros animais, também têm seus líderes, mas o processo de escolha é nada dialogado. Se ausentar do processo político é se aproximar dos outros animais, ainda que em detrimento deles, digo eu, antes que o digam.
Entretanto, se alguma voz se levanta contra a obrigatoriedade do voto, mais das vezes, não fala ´só por si'. Carrega sempre uma esperança absurda, de, sendo um que sabe votar, a não obrigatoriedade levaria  àqueles que 'não sabem'  a não o fazerem, aumentando assim a porcentagem dos votos “mais lúcidos”. Seria leviano adjetivar tal pensamento. Ele existe sem pressupostos. Lendo o caderno Especial do jornal A Cidade: Eleições 2012, onde há uma pesquisa detalhada da escolaridade do eleitor ribeirão-pretano, concluo, que mesmo se o escrutínio fosse como já foi na Inglaterra – ou ainda é – onde o eleitor com 'nível' superior vale por dois, ainda assim a diferença permanece abissal. No mais, se não se tratar desse mero 'prejuízo' descarado, a multa por não votar é insignificante, e além dela não trazer sequelas ou contraindicações.    

Nenhum comentário: