6 de ago. de 2012

Mensalão e o PGR Gurgel.


É notório que  o PGR Gurgel não imputou em alguns casos, não estabeleceu nexos causais em muitos outros, não produziu provas além da presunção na maioria. É  vício recorrente. E mantém livres inúmeros presumíveis criminosos, todo mundo tem certeza, mas  com poder de fazer boa defesa, saltitam pela aí.
Como dizemos: “salta aos olhos que...”. Mas não basta saltar aos olhos. É necessário trabalho árduo, na produção de provas. Imputação. O devido processo legal, penal. Este, por sinal, tem sido a arma de muito advogado de defesa por este vasto chão da terra. Particularmente por essas bandas, colhe-se provas ilegalmente, e onde o policial julga de pronto. Às vezes, incluso, sentencia e executa a sentença. Cenas de crimes não são preservadas, ou desaparecem, ou não servem ao propósito de tão prejudicadas, corriqueiramente por essa 'capacidade' julgadora da polícia de repressão and Co.
Fiquei com ligeira impressão – e vi toda a alegação final – que o PGR Gurgel faz a sua exposição final para juri popular. Não para uma turma de Ministros, que irá citar doutrinas e jurisprudências, juristas romanos e alemães. Gurgel, aparentemente, não foi além da CPI e meios de comunicação de massa. Por sinal já julgaram.
É certo não ter lido a peça de acusação, não tenho o que fazer nesta seara, mas pelo ouvido até o momento, temo por um descontentamento generalizado. Não se trata de justiça ou injustiça, e como não julgo, por cínico, mas se houve o 'mensalão', periga ser negado, em parte ou em grande parte, e se assim for será por mandriice.  

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