É notório que o PGR
Gurgel não imputou em alguns casos, não estabeleceu nexos causais em muitos outros, não produziu
provas além da presunção na maioria. É vício recorrente. E mantém
livres inúmeros presumíveis criminosos, todo mundo tem certeza, mas com poder de fazer boa defesa, saltitam pela aí.
Como dizemos: “salta
aos olhos que...”. Mas não basta saltar aos olhos. É necessário
trabalho árduo, na produção de provas. Imputação. O devido
processo legal, penal. Este, por sinal, tem sido a arma de muito
advogado de defesa por este vasto chão da terra. Particularmente por
essas bandas, colhe-se provas ilegalmente, e onde o policial julga de
pronto. Às vezes, incluso, sentencia e executa a sentença. Cenas de
crimes não são preservadas, ou desaparecem, ou não servem ao
propósito de tão prejudicadas, corriqueiramente por essa
'capacidade' julgadora da polícia de repressão and Co.
Fiquei com ligeira
impressão – e vi toda a alegação final – que o PGR Gurgel
faz a sua exposição final para juri popular. Não para uma turma de
Ministros, que irá citar doutrinas e jurisprudências, juristas
romanos e alemães. Gurgel, aparentemente, não foi além da CPI e
meios de comunicação de massa. Por sinal já julgaram.
É certo não ter lido
a peça de acusação, não tenho o que fazer nesta seara, mas pelo
ouvido até o momento, temo por um descontentamento generalizado. Não
se trata de justiça ou injustiça, e como não julgo, por cínico,
mas se houve o 'mensalão', periga ser negado, em parte ou em grande
parte, e se assim for será por mandriice.
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