23 de ago. de 2012

Globalização ! O Desapego.


O novíssimo sujeito.
Impacto avassalador dos processos econômicos globais, incluindo processo de produção, consumo, comércio, fluxo de capital e interdependência financeira.
Surgimento de instituições multinacionais transnacionais, cujas decisões moldam e limitam as decisões politicas dos Estados Nações. Impossível pensar o governo brasileiro se se deixar de lado as pressões de tais instituições, vide Banco Mundial, G7, G20, FMI etc.
Ascensão do neoliberalismo, como discurso politico dominante. Aonde a ideia é: trabalhar-se mais, produzir-se mais, com a menor forma de controle e gastos sociais.
Surgimento de novas formas culturais, de meios e tecnologias de comunicação globais que moldam as relações de afiliação, identidade e relação entre as pessoas.
Resultando que:
600 empresas multinacionais controlam 25% da economia mundial. Ainda 86% do comércio mundial.
O dinheiro dos 447 bilionários mundiais é equivalente a renda da metade mais pobre da população mundial. 2.800.000 de pessoas.
A concentração de capital desde 1994 mais que dobrou. A consequência desta apropriação de capital, começa a aparecer em mudanças nas relações de produção, que enfraquecem e minam a capacidade das nações mais antigas e das emergentes de determinarem seu modo de ser ou controlar seu ritmo de desenvolvimento.
Estas corporações interferem na política, na cultura tanto global, quanto local, tudo na busca de consumidores. Tendo como consequência o “super” acúmulo de capital. Isso, indistintamente, tem gerado um desapego às relações pessoais, lugares, geografias, tradições étnicas, religiosas, políticas e da própria história pessoal.
A identidade do sujeito globalizado é marcada pela presença da lógica do consumo. O que desenraíza o sujeito de si mesmo, pois aquilo que se consumia ainda agora, é prontamente substituído por outro 'produto', gerando novas formas de identidades a serem consumidas.
Nada mais natural que a desintegração das identidades nacionais.
Tudo isso tem contribuído para surgimento de um novo modelo de identidade que é o: ENXAME, o enxame se junta, zune e logo desaparece. Deste modo há os “Enxames” ligados aos variados estilos de música, ao sexo, à defesa animal, ambiente etc. Seguem o modelo da moda de consumo e se repetem nos 'movimentos' sociais.
Subjaz a criação de um sujeito 'ideal' para o consumo, por meio do controle e regulação da vida privada. Um sujeito cosmopolita, capaz de conviver com a diversidade e dela usufruir suas características tais: alimentação, música, seus estilos e linguagem. Para tanto esse sujeito não deve se incomodar com o estranho, estrangeiro e não se apegar em nada, a não ser no desapego.





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