2 de jun. de 2016

Voltamos para antes do ponto de partida.

Temer não supera Castelo Branco, e já vejo este espectro caminhar entre nós. E nós teremos que trabalhar para pagar as dívidas da família Marinho e Civita e Frias e Saads.... Definitivamente não sabemos viver em democracia, nossa classe dominante tem medo a qualquer baile com som mais alto, logo vê nisso uma bagunça. Só conseguem dormir tranquilos enquanto a massa dorme faminta, sofrida e auto inculpada.
A caricatura do assalto a Canudos sempre vem à tona. Qualquer maltrapilho os mete medo. Assim o MST os faz recordar de Conselheiro.

Não vamos a lugar algum enquanto não nos livrarmos dessa superstição de ilustração. Não somos ilustrados. Somos escravagistas, só sabemos comandar sob chibata. Aqui a liberdade é antidemocrática, e cada negro diplomado é visto como Zumbi possível fundador de novos quilombos., cada mendigo com a boca de fel, como o Velho do Restelo, uma nova Canudos, que portanto, deve ser arrasada. É frequente o uso da frase, ninguém tem memória. Diria que ninguém tem memória letrada, mas todos sabem desde o inconsciente o que é a classe dominante no país. E quem tem memória letrada sabe que o conteúdo desta frase vai alem dela. Senão o que se vê não é a derrubada de uma Presidenta eleita, mas como o trapaceiro derruba as concessões tiradas da classe dominante durante o último século. O estado voltando a uma forma mais antiga, do domínio desavergonhado das forças policiais. Voltamos para antes do ponto de partida.


achtzehnte Brumaire.    

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