27 de jun. de 2016

Fazer o quê? Nada! Gosto de Copa

Fazer o quê?
 Nada!
 Gosto  de Copa.
 Gosto de tudo da Copa. Gosto do narcisismo do CR7, da cara de quem sentia dor de hemorroidas durante estes três jogos. Gostei que nenhum português o tenha abraçado depois do gol que fez.  E o gardenalissimo Pepe? Do autista Messiânico, será que o Mascherano está garfando nessa marmita? Gosto do : “Vocês que estão falando”, do Neymar. Do peladeiro solteiro contra casados Pirlo. Ninguém me ama ninguém me quer do Balloteli. Gosto do cara que faz um gol no começo do jogo e faz sinal para a torcida adversária se calar, e depois perde a vaga das oitavas e desaparece junto com sua seleção. Gosto da potência impotente silvestre sem enrolação dos africanos. Gosto do ford-taylorismo coreano e japonês, quando bola se joga em toyotismo, benchmarking, justing time. Gosto da baianidade alemã, dada pelo turco, senhor nassib Özil;  gosto até daquele cantar: ,,, com muito orgulho... muito amor, é cântico premonitório de derrota, igual canto de coruja, urutaus ou mãe-da-lua... cântico de solitário que se amarra com ele. Não é o cântico que se eleva dos indivíduos singulares para se fazer coletivo, não; a canção é maior que o indivíduo que desaparece , sem esperança, nela, e por isso gosto, ou apesar disso gosto. E o que dizer de Allahu akbar que milagrou em terras de outro deus. Pordeus, os árabes são carolas! Fazer o quê? Gostei do castigo imposto à Espanha, que pensava ter resolvido o medo das investidas adversárias ficando com a bola o tempo todo. Gosto porque nada dura duas Copas seguidas, só  mesmo no tempo em que se amarrava cachorro com linguiça, tempo do Garrincha... a Laranja mecânica não durou nem uma copa toda. Bem agora teremos a possibilidades dos penais, que ressuscita apenas um dos mortos.  Começa amanhã.

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