21 de jun. de 2016

Christopher Lee.

Ainda ontem morria Christopher Lee. Minha lembrança é de quando emprestava sua cara de pouca carne ao Drácula, e me fazia tremer no Cine São Roque. Dracula, o marcou e com fogo. Mas sua cara ossuda, queixo anguloso, cabelo para trás, têmpora funda, olhos a beira da ira, lábios finos, emprestou  a outros malvados do cine b que gostava e ainda gosto, Fu Manchu ou Cinema com "C" como A vida privada de Sherlock Holmes, O cão dos Baskervilles, sempre no lado fosco da alma humana e a gravando em bold negrito, até o fundo do poço, que é de onde se vê melhor o mundo. No entanto Lee dava a está alma um olhar nobre e firme, ao tempo que angustiante e desesperada. Emprestou essa cara de alma profunda a westerns que ainda me matam.
Eu o recordarei fazendo Drácula e alguns filmes aonde sua personagem nem falava e os roteiros também não eram grande coisa, muito parecidos com a vida, por sinal. O Drácula que desaparecia na casa escura e surgiam  aquelas mãos de dedos finos e infinitos como punhais, ensanguentados, sempre que a vítima de plantão abrisse um armário em um quarto gótico. Sempre surgirá uma cara dessas ao abrir armários, a me assustar.

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