3 de jun. de 2016

Ontem, por ocasião de um café na Única.


Ontem à tarde Cidão e eu fizemos uma boa caminhada por Ribeirão, que acabou na Única, uma velha casa de café de coador, o mais antigo da cidade, mas que nem na velhice aprendeu de fato a fazer um bom café. Falávamos, mais ele que eu, sobre os bares que ele gosta, quando entraram dois jovens advogados, soube depois, antes me pareciam corretores de habeas corpus. Se acotovelaram ao nosso lado e começaram a discutir sobre Olavo de Carvalho sem jamais chegarem a um acordo. Para um era um gênio, para outro mero provocador. Para minha surpresa se dirigiram a mim, para que fizesse de juiz. Que Você pensa de Olavo de Carvalho? Depois de identificar quem pensava que Olavo era um mero provocador, lhe perguntei se seu amigo era gente boa. “Uma pessoa magnifica” me respondeu. “A melhor que conheço”, somou com firmeza. Nisso está a chave de tudo. Eu disse. As boas pessoas muito frequentemente são péssimos leitores. E todos saímos a cagar de rir.  

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