28 de jun. de 2016

Por Circe, Porcos.

Porcos.
Enquanto  criança,  era equilibrado, vivia sensivelmente, o presente. Bastou crescer, para passar a procurar o equilíbrio, entre a ação e repouso, o otimismo e o pessimismo, tensão e relaxamento. É frequente querer que tudo fosse melhor e diferente. A mente sempre em seu monólogo interior, que, a mim afasta da literatura, gerando confusão e aflição. A pós modernidade me pede a construção de um "eu" único e irrepetível. Se possível imortal. E atrás desse objetivo me  distancio da consciência saudável e profunda. Por tanto, é estranho encontrar quem está no caminho da  paz e da calma em meio a essa odisséia que é a vida, encontrar ou não sentido para tanto e se pode ser real e formadora. Ou de outra, devemos nos resignar, e como os amigos de Ulisses sermos transformados por Circe em porcos.

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