Dos que moram em Barcelona, nem todos são culés - culé vem de cola e cola é rabo e culo é cu. Assim culés: os últimos, não são todos os que vivem em Barcelona, mas paradoxalmente, todos vivem o Barça, contras e favoráveis. Os contras em geral são merengues, doce de clara de ovos que enfeita os bolos, em geral brancos, como o Madrid. Mas o catalão é por força; culé, do contrário alega questões políticas, quer dizer e não diz, mas dizem que o Barça está ligado ao separatismo, e quem não é separatista, não é culé. Ser catalão e não ser culé exige folego e retórica; um verdadeiro labirinto só para dizer que não é culé e é e que não é merengue e é, ou de esconder que é perico, e perico é periquito e é o que se diz do torcedor do Espanyol, em geral anti-separatistas, eram os proprietários do Sarriá, palco da derrota do Brasil de Tele Santana, Sócrates, Zico, Eder, Junior etc para a Itália de Rossi – Rossi que foi o bastante -, o Barça de hoje é um arremedo daquele Brasil 82, apesar de apresentar em alguns pontos mais qualidade. Basicamente a aplicação tática. E o fulminante ataque à primeira e segunda bola, quando o oponente mantem a posse de pola para a terceira, esta chegará sempre como um tijolo, oblonga e quicando irresponsavelmente já no meio de campo; exigindo assim muita técnica para o domínio e execução de passe, sem espaço e sem tempo; geralmente de um jogador com poucas habilidades – centro-avantes e similares; no caso de hoje Higuain, Aldebaior, outros intrusos etc, assim a defesa culé trabalha aparentemente aberta à base de antecipações e de bolas sobradas e vadias.
No mais o Messi – livre do tango - não cai, Dani Alves – longe da globo - já não faz tantas caras e bocas e todos de modo geral cospem o mínimo possível. É a eficácia do politicamente correto, da solidariedade e da fraternidade. Tirante Lionel Messi – que tem o centro-de-massa abaixo da pélvis, isso quer dizer que ele é mais pesado da cintura para baixo, por tanto aumenta a dificuldade em derrubá-lo; além do caráter, é claro! - , toda a espetacularidade possível é a do passe fácil; dadas a condições: muita movimentação, todos se oferecendo sabedores que outros se oferecerão, mesmo nos recantos mais espinhosos do campo de jogo. Enquanto o adversário, praticamente tem que se inventar a cada minuto, o Barça entra em campo com sessenta por cento da posse de bola e o que fazer com ela – mirem que não pensam grandes coisas, os outros trinta ou quarenta porcento o contrincante com a bola desgovernada nos pés, se dedica a esperar uma indicação divina, mas deus por vezes mostra que está de saco cheio dos merengues. Hoje é um bom dia para comer uma parrillada de frutos do mar em algum bar\restaurante de La Barceloneta e fechar a noite no Luz de Gas e sentir um pouco do catalanismo e sua verve polida.
3 comentários:
E eu achava que ser cule era ser Barça. Vou ter que tirar di meu perfil, ou não, depende de ti. Independente do cule, o Barça é um espetáculo. Sem violência, com a bola no pé, como deveria ser sempre, todos os times, todos os clubes!
Cido, adorei o post! E também de saber que o Messi não é derrubado pelo peso da cintura para baixo+força do caráter, muito bom!
Bjs,Fer
Zé o adversário deve entrar em parafuso diante da sensação de impotência.
fer o centro de massa "deve" ser ,fisicamente, o vetor resultante do p em movimento "aceleração". quando estático é o próprio peso. ex. o centro de massa de uma mesa estará sempre abaixo da mesa. dai sua estabilidade. jajaj
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