Em Espanha e pelo resto de Europa os cidadãos em praça pública reclamam protagonismo, é o 15 M. No centro da questão está que o sistema político caiu de joelhos diante do sistema financeiro, este no genuflexório almofadado de catedrais góticas travestidos de Bancos Centrais a “humilhar-se” para que se esfole mais a todo um povo. O governo, qual seja, tem medo da simples possibilidade de que algo se lhe escape o controle. Podemos julgar a qualidade e orientação deste controle, desde já o controle implica não em imposição, mas que não exista a necessidade de impor-se pela força, em suma que aceitemos as condições, a citar: desemprego, baixos salários, altas exigências, falta de perspectiva para jovens de inserção no mercado de trabalho, alta de juros etc. Para que se não lhe escape ao controle termina por assumir, diga-se, os prejuízos causados pelo descontrole do sistema financeiro. É notório que os governos não têm esse controle, sequer o completo entendimento do funcionamento dele. O analista econômico têm feito; e pessimamente; contabilidade. Trabalha no microcosmo e quando parte para o macro, faz o que em estatística se chama extrapolar; um terço ciência, já que nem a estatística em si o é, dois terços avemarias e padrenossos, enfim, pejorativamente, extrapola exorbitantemente. Nem mesmo o famoso economês lhe serve mais de escudo como dantes a seu obscurantismo pedante, sua calça rasgou, e o fundo esta todo mundo vendo. O pobre analista encosta o nariz na vitrine e vê o reflexo dos próprios olhos incrédulos. Mas sempre dirá qualquer coisa canônica: o governo “vai subir os juros” e blá, blá inflação blá, blá e eu ligo o rádio e blablá... pois o seguro morreu de velho.
Um comentário:
Cido, o lema na Espanha é democarcia direta já! Cê já pensou? Que maravilha...
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