15 de mai. de 2011

Agora quem dá bola é o alvo e negro.

         Chamam branco mas é o preto que buscam. Miram no centro onde está o  negro do alvo. Já o alvinegro praiano é o novo campeão. Faz por onde. O time é leve, é assim que dá bola o alvinegro praiano, os jogadores correm leves, quase não tocam o chão, como se a lei da gravidade lhes foi dividida por dois, mudam de direção com um soslaio, correm esguios, abrem os braços para frear, piscam os olhos para fintar, braços! os colam ao corpo para aumentar aerodinâmica, como Pelé corria, chegam na bola perpendiculares, sobrando humanos, como Pelé chegava, de peito estufado, como Pelé estufava, chutam sem esforço, como Pelé chutava, chutar era só mais um atrevimento do seu pas de basque, pois sobrava, jogam sem amor ou ódio, só com o orgulho de saber jogar, fácil, eficiente, eficaz; eficácia também poderia ser outro apelido do alvinegro praiano, de Pelé, mas não é plástico, fácil, leve, simétrico e curto como; onde a segunda silaba se diz por dizer, para relaxar o esforço do “p” como Pelé, peixe, ou “b” buli, boli, bola pé bola olé. O alvinegro praiano não tem coisa especial dessas conservadoras e espartanas, como garra, pegada, sangue suor e lágrima, não tem! tem bola, não é exército! Para que estratégia, tática e arte da guerra, ninguém gosta de guerra, só os que odeiam a arte amam a guerra e dormem com seu catecismo ridículo. Alvo seu negro centro.  

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