17 de mai. de 2011

palocci

Palocci ficou rico. Não era pobre, Palocci, fez medicina. Não parece óbvio que foi o uso do placebo que o fez ter saúde financeira, invejável. Invejo-o. Mas deus não gosta de ricos ou invejosos. Deus dizia, dizem que dizia: Não cobiçai blá, blá, blá... e é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha... - fazendo filologia barata: veio dai o verbo camelar - . Busílis; tampouco deus sabe como Palocci endinheirou-se. Trapalhadas. Deus também se atrapalha, imagine, criou o dia antes de criar o sol. Mas Palocci é discípulo de Lao: Sabe e não quer dizer. Ouçamos Lao Tsé: quem fala não sabe, quem sabe não fala. Fácil. Palocci! Não fala. Lao pode que  odiasse ensinar, ou tange a isso se range a rede. Mesmo, mesmo, Lao Tsé soia ser enigmático, pois falando não sabia, e mesmo assim o tomamos como sábio. Palocci não é enigma, que nos devore. O jovem Palocci já tinha poder, poder de liderar, conseguia com que o quinto e sexto ano de medicina fizessem greve! É muito! Mas, “O poder tende a corromper. O poder absoluto corrompe”. Ouçamos outros deuses – Maquiavel e Hobbes – : o homem é mau por natureza, há que domesticá-lo. Não se espante, por que alguns traços permanecem; se somos ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante o perigo e ávidos de lucros. O bastante neste particular quesito, é que temos grandes mestres, “ganhando” muito, e pasmem: esta ótima escola: é publica!  

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