3 de mai. de 2011

Osama. Obama. Oh! lama!

Não existo como Eu. Pois este teclado e esta tela e todas as outras estão sempre a exigir o meu olhar, o meu palpite, meu sim e meu não. Palpito sobre coisas, aparentemente, alheias a mim. Osama. Que coisa é Osama Bin Laden? Poderia ser um velho barbudo dando milho aos pombos na praça de San Marco ? E o pombo a trazer a morte e a mensagem dela a destempo! Que coisa é o aparelho de guerra norte-americano? Um menino que ganhou um guarda-chuva, mas nunca chove! Na verdade; não me comovem ou me interessam! Ainda que por suas criações de fatalidades venha a ser vitimado. São grandiloquências infinitas e e por isso não cabem, compreendidas, no meu saco de despistes. Não concebo, nem por que minha namorada me deixou, ela que odiava sushi, agora não come outra coisa.
Como narrativa, é uma morte que, por fora de hora, estropia o romance. Como se depois de baixar o pano há um desenlace, e em lugar de catarse gere o sarcasmo,  primo da descrença,  uma esperança masculina travestida em saia e meias três-quartos, escocesas,   a depilar-se os sovacos nalgum cabeleireiro de shopping center.    

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