26 de fev. de 2016

Ovo de Páscoa, o Ouro de Tolo do Pascácio.

Ovo de Páscoa, o Ouro de Tolo do Pascácio.



O preço que se paga por um ovo de chocolate, nem sempre de chocolate, sempre mais açúcar, sempre mais gorduras, sempre mais leites, dá a dimensão da nossa capacidade de influência no chamado mercado. Nenhuma, positivamente. Total, negativamente. Aqui, a famosa lei da escassez, seja, nada do que se produz é para todos. Se todos quiserem não haverá para toda gente. E nessa luta pelo equilíbrio do produzido versus sua procura, se faz o preço. O mercado, em outros países, é composto pela oferta e a procura. Mas não somos outros países. E o mercado aqui é o que se vê. Sobram ovos de Pascoa, todos os anos, tanto que se pode comprá-los por ''buon mercato'' como dizem os italianos, lá por “Corpus Christi”, com o risco de ranço, se fosse de chocolate. No entanto, chegamos ao super ou hiper, e o firmamento de ovos está lá. Toda gente a olhar para aquele céu. Umberto Eco faria grande proveito, no mercado da escrita, do semiótico dessa imagem, mas eu ainda busco eco e não economizo, dei tá dado. Pois o preço também, em equivalência a sua exposição ao alto, assim é praticado, nas nuvens. E nós, o consumidor? Compramos. Pagamos. O que pedirem? O que pedirem! No cartão, em 10x etc. Somos pascácios.

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