6 de fev. de 2016

Assassinatos, Romance e a vida como ela é.

Assassinatos.

Se as técnicas cirúrgicas não tivessem evoluído exponencialmente o número de homicídios teriam também potencias elevadas. Fica claro, que a maior parte das tecnologias evoluíram muito mais que a moral. O que me chama atenção tem sido a falta de arte nos crimes e sua banalidade, sua quase desrazão. Frente a outros países, sempre me pareceu, que fomos mais criminosos. Do ponto de vista social do assassinato, a justiça brasileira sempre mirou no cadáver e não no assassino. A origem e a etnia do morto, davam e dão a direção, o sentido e a velocidade do inquérito policial. Dessa forma o crime sempre foi banal em nosso país, sempre que o morto seja um zé ninguém. Talvez venha disso nossa pouca desenvoltura no ramo do romance policial. Por outra, outro motivo é e foi a técnica empregada no assassinato, seja, nenhuma. Mata-se. Não há arte, porque não há planejamento. O crime se dá de supetão, quase sem querer, como um tropeção numa pedra. Se se quer o dinheiro dos pais, mata-se os pais, de tal modo que qualquer seqüência lógica e cartesiana de elucubração, sem nenhuma sofisticação, se chega ao ou aos criminosos.Insulina, venenos, metais pesados... não são usados, os crimes são praticados com revólver, marreta, faca, boné ou uma mascara qualquer.  A falta de conhecimento é fundamental para que seja como é, alem da preguiça, porque uma boa pesquisa, nos dias atuais, levaria a se planejar melhor, podendo até se levantar suspeitas, principalmente em se tratando de receber seguros de vida, pois há um pacto tácito das seguradoras com a policia, de maior empenho nestes casos.
Eu suspeito que seja da natureza humana o desejo pelo ilícito, por isso há sempre, quando se vem do passado para o futuro, um aumento da criminalidade. Como já disse, a técnica e a moral progridem com diferentes velocidades. Lembrando meu curso de Vetores, muitas das vezes, têm sinais inversos.

Por fim, o que era para ser uma irrupção inesperada num mundo ordenado, o assassinato acaba por ser conseqüência natural do modo como vivemos.
 Não se trata aqui de preferir um modo de vida ou outro, no sentido de uma nostalgia da merda, pratica corriqueira das gerações, só uma constatação, e escrever um romance policial seria descrever universos opostos. Uma vez, que existem muitos casos no qual um morto, antes de morrer, se atira na direção do projetil, e por vezes, faz isso mais de uma vez.  

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