olho por olho. dente
por dente. tempo de medos neste mundo de mecas. o caminho de saída?
é abaixo: não te perca, nos dizem os sábios
sabichões. salte e deixe-se levar pela gravidade. pela
decadência. pelo sofisma disfarçado de petulância,
nariz de palhaço e asas de ignorância. e baixe e baixe e
baixe e aquilo que antes se dizia suficiência se tornou
excelência. e baixe e baixe e seguimos baixando e a cota da
mediocridade começa a ser difícil de recuperar. a
normalidade de antes, agora é uma recordação
borrosa, a genialidade, nem tão só uma utopia. tempos
de soco. de lobo. de sangue por sangue. de quebrar mimos. de
insuficiência premiada. de ovações e reverências
ao nada.
tempo de gritar. de
fechar os olhos para não chorar. de chorar morfina para não
sofrer. bem, de sofrer, sofrer, não sofremos. mas viciamos em
lágrimas. e isso nos faz cair ainda mais. Fazendo carpados.
caímos, caímos, caímos.
caímos até
que, desde a nossa miserável e estática perfeição,
pensamos que o mundo é que sobe.
essa é nossa
grande sorte.
e que permaneça.
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