3 de set. de 2012

Educação Jogo Projeto Pessoa Cidadania Ética




Os sonhos da razão produzem monstros. Goya.

O projeto é o lugar do racional. Mas há o outro lado que é viver a vida como se fosse um jogo. O vaso comunicante é o risco, inerente ao jogo e ao projeto.
Uma coisa é reconhecer os limites do projeto. Outra é assumir a irresponsabilidade pelas ações. Vamos jogar. É o supremo da irresponsabilidade.
O tempo todo estamos projetando e correndo riscos.
Um louco matemático, Gedel, demonstrou que mesmo em sistemas formais, matemáticos, teoremas, a partir de um certo tamanho há proposições indecidíveis, se os objetos forem tantos quanto são os números naturais.
Mesmo no jogo tem muito projeto, mas nada está garantido, e mesmo nos projetos acontece de escapar por entre os dedos dos projetos.
A ação consciente é a ação projetada. Educar para a cidadania. O profissionalismo.
Antes era cultura. Arte.
O que é um profissional? Que este tem a ver com o cidadão e a pessoa?
Sem deixar de dizer dos desvios da ideia de pessoas, cidadão e profissional. Em tudo há desvios, se preferirem podem dizer corrupção. Uma coisa é o cidadão ideal outra o cidadão, a pessoa, o profissional!
Cidadania. Remete a Cidade Grega. Cidade Estado. Civis e Polis. Na origem cidadão e politico são a mesma coisa.
Naquela Grécia 60% dos gregos não eram cidadãos.
6% o eram.
Mulher não era cidadão.
O estrangeiro.
O ostracismo. Pessoas sem participação politica. Eram os Idiotas.
Os não cidadãos eram chamados idiotas. Idio. Idio pense você.
Velha Sabedoria grega : de um lado os políticos de outro os idiotas. .
Politicamente participantes cidadania. E quem fala de direitos deve falar de deveres.
Declaração universal de direitos humanos. 30 artigos. 27 direitos.
Deveres humanos é necessário.
É um desvio! Direito e deveres, mas se o cidadão não participa!!
As leis tem a função de organizar.
A cidadania tem âmbitos em que se exerce tal cidadania, que não se pode extrapolar.
A família não é uma democracia. Ninguém elege o pai.
A escola não é uma democracia. Tem que haver democracia na educação. Mas a escola não é uma democracia.
A universidade não é uma democracia.
Também não faz parte do âmbito da democracia a estética , o gosto, estas coisas não cabem na regra de maioria. O mesmo vale para “terreno” religioso, tanto que o estado deve estar separado do religioso.
Quando saímos do âmbito da democracia, estamos entrando no âmbito da pessoa, que ultrapassa o âmbito politico e do econômico.
Quais eram os grandes valores da revolução francesa. Liberdade, igualdade e fraternidade, mas tem âmbitos.
A liberdade no plano cultural.
A igualdade no terreno jurídico.
E no terreno econômico se pregava a fraternidade.
Liberdade, igualdade e fraternidade, era o que se queria, era o pensamento desejoso.
A questão chave é a pessoa.
A educação para a cidadania.
Mas tem que ser mais, tem que ser para a formação da pessoa,
que é mais que cidadão.
Somos iguais como cidadãos e diferentes como pessoas, e não se vai a escola para igualar.

A legitimidade da norma. É questão da ética. Foulcaut critica a escola caracterizada de determinada maneira. De como deveria ser.
Fatos. Declaração dos direitos do homem e do cidadão está lá. Mas no desenrolar a coisa desandou.
O PIB mundial per capta é 8000 dólares, 50 % tem 2 dólares dia. Esse é o fato.
Ter ilusão. É fundamental.
A Desilusão é luxo de minoria, e não é universalizável de modo algum, e por isso não satisfaz o primeiro pressuposto kantiano para se fundar uma ética. O Principio da Universalização. A desilusão não é uma norma.
A ideia de pessoa inclui a ideia de cidadão.
Educação pode formar o núcleo da pessoa, que é a cidadania, que é a igualdade no que tem que ser igual, perante a norma os costumes. É essa igualdade que capacita a viver a diferença.
Se formos desiguais onde devemos ser iguais, cidadania, não poderemos viver a diferença onde de fato somos diferentes que é no pessoal.
Persona. Per sonare.
Persona a máscara para representar. Teatro Grego, Per sonare, personagem, soar através da máscara.
Como pessoas somos um feixe de papéis, caracteres. Nosso primeiro papel é ser filho de fulana e fulano. Depois pais de fulano.
Candidato.
Assim nos Apresentam como pessoas: Fulano de tal. Casado. Tantos filhos. Esse feixe de papeis é que nos marca como pessoa.
Há papeis que se representa em âmbitos regidos por lei e nesse caso, pessoa e cidadão são o mesmo. Mas a religião.
A estética.
Gosto. Nestes âmbitos não.
O próprio terreno da ética é pessoal, pois se não fosse pessoal bastaria as normas, bastaria ser cidadão.
Agir de acordo com a lei é uma decisão da pessoa, isso é Ética.

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