Os sonhos da razão
produzem monstros. Goya.
O projeto é o lugar do
racional. Mas há o outro lado que é viver a vida como se fosse um
jogo. O vaso comunicante é o risco, inerente ao jogo e ao projeto.
Uma coisa é
reconhecer os limites do projeto. Outra é assumir a
irresponsabilidade pelas ações. Vamos jogar. É o supremo da
irresponsabilidade.
O tempo todo estamos
projetando e correndo riscos.
Um louco matemático,
Gedel, demonstrou que mesmo em sistemas formais, matemáticos,
teoremas, a partir de um certo tamanho há proposições
indecidíveis, se os objetos forem tantos quanto são os números
naturais.
Mesmo no jogo tem muito
projeto, mas nada está garantido, e mesmo nos projetos acontece de
escapar por entre os dedos dos projetos.
A ação consciente é
a ação projetada. Educar para a cidadania. O profissionalismo.
Antes era cultura.
Arte.
O que é um
profissional?
Que este tem a ver com o cidadão e a pessoa?
Sem deixar de dizer dos
desvios da ideia de pessoas, cidadão e profissional. Em tudo há
desvios, se preferirem podem dizer corrupção. Uma coisa é o
cidadão ideal outra o cidadão, a pessoa, o profissional!
Cidadania. Remete a
Cidade Grega. Cidade Estado. Civis e Polis. Na origem cidadão e
politico são a mesma coisa.
Naquela Grécia 60% dos
gregos não eram cidadãos.
6% o eram.
Mulher não era
cidadão.
O estrangeiro.
O ostracismo. Pessoas
sem participação politica. Eram os Idiotas.
Os não cidadãos eram
chamados idiotas. Idio. Idio pense você.
Velha Sabedoria grega
: de um lado os políticos de outro os idiotas. .
Politicamente
participantes cidadania. E quem fala de direitos deve falar de
deveres.
Declaração universal
de direitos humanos. 30 artigos. 27 direitos.
Deveres humanos é
necessário.
É um desvio! Direito e
deveres, mas se o cidadão não participa!!
As leis tem a função
de organizar.
A cidadania tem
âmbitos em que se exerce tal cidadania, que não se pode extrapolar.
A família não é uma
democracia. Ninguém elege o pai.
A escola não é uma
democracia. Tem que haver democracia na educação. Mas a escola não
é uma democracia.
A universidade não é
uma democracia.
Também não faz parte
do âmbito da democracia a estética , o gosto, estas coisas não
cabem na regra de maioria. O mesmo vale para “terreno” religioso,
tanto que o estado deve estar separado do religioso.
Quando saímos do
âmbito da democracia, estamos entrando no âmbito da pessoa, que
ultrapassa o âmbito politico e do econômico.
Quais eram os grandes
valores da revolução francesa. Liberdade, igualdade e fraternidade,
mas tem âmbitos.
A liberdade no plano
cultural.
A igualdade no terreno
jurídico.
E no terreno econômico
se pregava a fraternidade.
Liberdade, igualdade e
fraternidade, era o que se queria, era o pensamento desejoso.
A questão chave é a
pessoa.
A educação para a
cidadania.
Mas tem que ser mais,
tem que ser para a formação da pessoa,
que é mais que
cidadão.
Somos iguais como
cidadãos e diferentes como pessoas, e não se vai a escola para
igualar.
A legitimidade da
norma. É questão da ética. Foulcaut critica a escola caracterizada
de determinada maneira. De como deveria ser.
Fatos. Declaração dos
direitos do homem e do cidadão está lá. Mas no desenrolar a coisa
desandou.
O PIB mundial per capta
é 8000 dólares, 50 % tem 2 dólares dia. Esse é o fato.
Ter ilusão. É
fundamental.
A Desilusão é luxo de
minoria, e não é universalizável de modo algum, e por isso não
satisfaz o primeiro pressuposto kantiano para se fundar uma ética. O
Principio da Universalização. A desilusão não é uma norma.
A ideia de pessoa
inclui a ideia de cidadão.
Educação pode formar
o núcleo da pessoa, que é a cidadania, que é a igualdade no que
tem que ser igual, perante a norma os costumes. É essa igualdade que
capacita a viver a diferença.
Se formos desiguais
onde devemos ser iguais, cidadania, não poderemos viver a diferença
onde de fato somos diferentes que é no pessoal.
Persona. Per sonare.
Persona a máscara para
representar. Teatro Grego, Per sonare, personagem, soar através da
máscara.
Como pessoas somos um
feixe de papéis, caracteres. Nosso primeiro papel é ser filho de
fulana e fulano. Depois pais de fulano.
Candidato.
Assim nos Apresentam
como pessoas: Fulano de tal. Casado. Tantos filhos. Esse feixe de
papeis é que nos marca como pessoa.
Há papeis que se
representa em âmbitos regidos por lei e nesse caso, pessoa e cidadão
são o mesmo. Mas a religião.
A estética.
Gosto. Nestes âmbitos
não.
O próprio terreno da
ética é pessoal, pois se não fosse pessoal bastaria as normas,
bastaria ser cidadão.
Agir de acordo com a
lei é uma decisão da pessoa, isso é Ética.
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