5 de set. de 2012

Construção do Conhecimento.

Professor Nilson José Machado, uma aula.
Chomsky und Piaget.

Inteligencia.

Acima do conhecimento, há a palavra ligada a todas imediatamente abaixo no gráfico piramidal. Trata-se de Inteligência.
Inteligência quer dizer diretamente Pessoas e pessoas com projetos, projetos capazes de nos lançar para frente.
Para aprofundar nesse particular pode-se ler: Teoria de la inteligencia creadora de José Antônio Marina, pedagogo toledano.
Como já foi dito anteriormente, neste blog, um banco de dados sem pessoa interessada, é inerte. Que o conhecimento pressupõe uma visão teórica. Mas, que só tem sentido se pode ser mobilizado para realizar projetos.
A escola está focada no conhecimento, senão totalmente, está mais focada no âmbito do conhecimento.
No âmbito dos dados e dos bancos de dados, a tecnologia é tudo, pouco se pode fazer em dias de hoje sem uma boa tecnologia, um computador, para tratar dados, guardar dados. Já no âmbito do conhecimento e inteligencia, a tecnologia, o computador tem pouco a dizer.
Há as metáforas como inteligência artificial, como há semáforo inteligente e por conseguinte semáforo burro. São sistemas programados para executar algo. Dizem: o Ipad faz isso... não faz nada, sem um dedo humano.
A inteligencia humana é a capacidade de projetar, inclusive, o semáforo burro ou inteligente.
O pulo do gato está na passagem de dados e informações para o conhecimento, há uma palavra-chave, que serve de interface entre dados e informação que é mapa, alias em todas as passagens de um nível para outro.
Mapa.
Trata-se de cartografia simbólica. Mapeia-se o que tem mais ou menos interesse. Mapa de relevância. Mapear informação relevante. Mapear conhecimento para o que interessa ao projeto.
Há empresas especializada em produzir Mapas.
Por exemplo, podemos pedir itum 'mapa' do Japão, tendo em vista, um projeto de produzir calçados em Kyoto, para saber-se se haverá matéria-prima, onde é produzida...
Mapa de relevância, onde a relevância não tem a ver necessariamente com hierarquia.
Somente põe em relação.
Bit.
Informação se mede em bit. Desde 1948, conceituado por Claude E. Shannon, criador da teoria matemática da comunicação informação, Shannon queria medir informação, dai resulta o bit. Na verdade o bit só é eficiente para medir dado. E irrelevante para medir conhecimento.
O Bit surgiu independente do computador. A teoria é simplificando a extremo, uma em duas igualmente provável. On\Off ( 1,0) A,B um bit, para um dado que contenha um bit, se faz necessário uma pergunta do tipo sim ou não. Para um sistema a,b,c,d é preciso duas perguntas, para a,b,a,b,a,b,a,b três perguntas. O bit é bom para dados.

Devlin propos o infum como medida de informação.
para o infun é 0 ou 1 porém dentro de circunstâncias. Sim ou não em determinado contexto. Na prática o que reina é o bit, quanto mais raro o evento, abcdef, a raridade a faz mais carregada de informação. É o que move a mídia.
Um cachorro mordeu o professor. Não tem raridade.
Já, se o professor mordeu o cachorro. A raridade é Máxima.
Toda a mídia é movida pela raridade.

Já para o conhecimento, e alem de entrar no conteúdo a unidade proposta é o Chunk of Knowledge, por Herbert Simon and Popet em 1998.
Em resumo para Simon and Popet. Num filme, as belas cenas são as informações. Mas um bom filme não vive de belas cenas, depende de amarrações, enredo, enfim conhecimento.
A sabedoria está no conhecimento daquilo que tem valor. Conhecer aquilo que é relevante.
O grande debate entre Chomsky e Piaget.
Para Piaget, o conhecimento todo ele se constrói. Construtivismo.
O grande debate se deu na decada de 70 entre Jean Piaget e Noan Chomsky.
De um lado Jean Piaget construtivista e do outro Noam Chomsky tido como defensor do inatismo.
Porem nenhum deles pensava que se nasce sabendo.
Piaget defende que o conhecimento se constrói de maneira isomórfica à organização das ações. Por exemplo se queremos ensinar a 'Comutatividade', Piaget nos diz que se vivenciando a comutatividade, o aprendiz constrói isomorficamente a ideia comutativa na cabeça. As estruturas cognitiva se constroem partindo-se das ações.
Chomsky diz que sem as ações não se constrói, mas a estrutura, são como o motor de partida de um carro, sem ligar o motor de partida, não se liga o carro, mas o motor de partida não tem nada a ver como o motor, não dá para procurar isomorfismo entre o motor de partida e o motor do carro.
Para Chomsky, ao menos no que diz respeito a linguagem, todos nascemos com esse 'motor de partida'.

Mas nenhum deles achava que o conhecimento é inato, o que não passa de uma simplificação sem sentido.
Para Piaget as estruturas cognitivas são todas criadas do zero, ao passo que para Noam Chomsky todo mundo nasce com a competência para aprender a própria língua. Nascemos com um órgão ( competência), um órgão 'abstrato' ,este é o inatismo do Chomsky.
Mas Piaget cede e concorda que cada um nasce com um 'funcionamento geral de conhecimento'. Esse funcionamento geral nada mais é que o ponto de partida, que aquele órgão de competência que nos diz Chomsky.
Construir o conhecimento é a verdade para ambos. Isomorfismo de Piaget permanece e para Chomsky não se trata de puro inatismo.
Filogênese. Na especie.
Ontogênese no indivíduo.
Hipótese de que há ontogênese recapitulando a filogênese.
Esta história de que num indivíduo se repete a humanidade, já foi fuzilada.
Piaget e Rolando Garcia. Escrevem Psicogênese e Estudo da Ciência.
Na filogênese o que vem antes, o trabalho ou a linguagem. E na ontogênese o que vem antes é a linguagem. Na especie o trabalho antecede a linguagem. Há paralelismos. Mas a recapitulação facilitaria nossa vida.
O conhecimento se constrói.
O importante é como se constrói.

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