Gostaria de contestar a Gisela Haddad no seu artigo do Jornal A Cidade, de Ribeirão Preto: O que são os clássicos? Não divirjo da “classicidade” de Monteiro Lobato, suas engenhosidades etc. enfim clássico, entretanto vê-se ali o, também clássico, racismo à brasileira. Aturado e atento a isto: Em “Peter Pan”, por exemplo, lê-se: “ - Só tomo leite -, explicou a linda princesa. - Tenho medo de que o café me deixe morena - . - Faz muito bem - , disse Emília. -Foi de tanto tomar café que tia Nastácia ficou preta assim - ”. A cozinheira negra era o alvo preferido dos insultos racistas de Emília. Em “Reinações”, a boneca falante destila-se em frases como: - Mentira de Narizinho! Essa negra não é fada nenhuma, nem nunca foi branca. Nasceu preta e ainda mais preta há de morrer! -. Diga-se: talvez, porque à época, o eugenismo vivia o auge de seu prestígio, não só na Alemanha nazista, onde foi transformado em ideologia de Estado, fez-se o mesmo no fictício sitio.
Hoje resta esta estranha necessidade de nutrir alteridade em relação a negros e pobres:
sentimento mazombo.
Segundo Evaldo Cabral de Mello é:
“a sensação de viver expatriado da civilização (Paris) , mergulhado na barbárie da sua própria terra, incapaz de reconhecer os autóctones como iguais”.
Não sou negro, poderia defendê-los? Não posso. Antes faço oposição ao ideal da cartilha branca, de olhos verdes. Certo é que não se trata dos mesmos interesses.
A “Preta” na cozinha é a isonomia ficcional proposta e reinante no mundo ficcionista televisivo brasileiro, aonde há certos autores que só “ se dão bem ” ali, com a “preta-na-cozinha”. Em linguagem de sitio: é uma arapuca que teima em estar armada. Monteiro Lobato escreveu o: Presidente Negro, sonhando em abrir mercado nos EUA, em cujo desfiou toda a alcatifa de barão do Café, os americanos lhe deram uma banana, pois mesmo lá, nisso havia limites.
Lobato, como grande escritor que foi, pode tudo dentro da obra, tanto que fez o sabugo falar, (o que me encantava) a boneca de pano recheada de macela reinar, a amiga Narizinho num eterno abri-la e refazê-la. Poderia ter feito de tição um "Principezinho Bundo", " O príncipe Senegalês", mas, enfim não os criou. Ingratidão vária de Monteiro Lobato, que se inspirou numa Anastácia real e pajem de seus filhos. Incorporou graciosamente o Saci desde o folclore, e hoje o trocamos por uma abóbora estadunidense, povo este que não permitia que os negros sentassem à frente nos ônibus, lá havia os assentos e os ônibus, aqui, a coisa não dá para todos.
Vão meter a boca sem ler o parecer do MEC, CLIQUAQUI
Hoje resta esta estranha necessidade de nutrir alteridade em relação a negros e pobres:
sentimento mazombo.
Segundo Evaldo Cabral de Mello é:
“a sensação de viver expatriado da civilização (Paris) , mergulhado na barbárie da sua própria terra, incapaz de reconhecer os autóctones como iguais”.
Não sou negro, poderia defendê-los? Não posso. Antes faço oposição ao ideal da cartilha branca, de olhos verdes. Certo é que não se trata dos mesmos interesses.
A “Preta” na cozinha é a isonomia ficcional proposta e reinante no mundo ficcionista televisivo brasileiro, aonde há certos autores que só “ se dão bem ” ali, com a “preta-na-cozinha”. Em linguagem de sitio: é uma arapuca que teima em estar armada. Monteiro Lobato escreveu o: Presidente Negro, sonhando em abrir mercado nos EUA, em cujo desfiou toda a alcatifa de barão do Café, os americanos lhe deram uma banana, pois mesmo lá, nisso havia limites.
Lobato, como grande escritor que foi, pode tudo dentro da obra, tanto que fez o sabugo falar, (o que me encantava) a boneca de pano recheada de macela reinar, a amiga Narizinho num eterno abri-la e refazê-la. Poderia ter feito de tição um "Principezinho Bundo", " O príncipe Senegalês", mas, enfim não os criou. Ingratidão vária de Monteiro Lobato, que se inspirou numa Anastácia real e pajem de seus filhos. Incorporou graciosamente o Saci desde o folclore, e hoje o trocamos por uma abóbora estadunidense, povo este que não permitia que os negros sentassem à frente nos ônibus, lá havia os assentos e os ônibus, aqui, a coisa não dá para todos.
Vão meter a boca sem ler o parecer do MEC, CLIQUAQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário