Uma coisa é a tragédia e a comédia humana. Qual coisa não exclui os cariocas, nem lhes faz diferentes. Salvo as gloriosas exceções que reforçam a regra. Outra coisa é a tragicômica realidade social carioca e, tampouco nisto há diferenças substanciais frente ao todo da República Federativa. Arnaldo Jabor produz um texto quase líquido para depois de forricar-se, anunciar que mesmo assim de calças arriadas lutarão (inclui os desvalidos) contra a anti-heroína de seu catecismo. É a eterna busca, peregrina, de um homem obstinado a ser Carlos Lacerda.
Num texto permeado por vocábulos como: pistilo, pétalas, corola, gineceu e estames inserirmos a palavra “rosa” não há como fugir da flor. Mas se a tessitura é tricotada por: cheiro, beleza, pétalas, suavidade, flor, lábios e rosa: é difícil fugir da conotação mulher.
Exemplo. Passei pelo chiqueiro, joguei umas espigas à porcada, a lama havia de retirá-la, os cochos lavá-los, uns leitões chafurdavam incorrigíveis, mal ouvia o que mamãe dizia: sim estão gordinhos. Matar um leitão! Gritei. Não! Gritava mamãe com o telefone na mão agitada: é a Miriam Leitão. Mas ninguém se incomoda com os argumentos ontológicos.
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