Inadvertido da não
vacância de qualquer trono, mesmo da Xauxa, Tengo Miedo, penso
seriamente, queria reinar, com efeito. Talvez em virtude de
suseranias ancestrais, tendo como mãe, a mãe que tinha,
sinceramente, tudo era possível. Ainda que de lenda infundada, ele
nunca a desmentiu. Assim que a divisa permaneceu.
Reinar.
Que
paralelismo podia haver em suas caminhadas entre canaviais e o
barulho do mar, se não fosse a concha de um caracol de mar, gigante,
colada a orelha. A solidão serve de resposta. Outra. Tengo Miedo
queria ser um “grande escritor”. Mas devo pontuar, que não
enfeitava importâncias desta industria, conquanto que o portasse ao
trono, ainda que não vacante.
Rei de movimentos mínimos, e zás!
Isto é, a calma nobre.
Tal imagem; daquele que
tombado sobre o teclado; podendo, teria acrescentado ilustração a
minha raça; não turvará, nem tampouco restará, tão somente,
reminiscência.
Ninguém
que me recorde, foi, como Tengo Miedo, engolfado pelas dobras
invisíveis do: eis que estou aqui, tão veemente, a fulgurar o
destino, não só dele, jovem, à juventude recém-chegado, mas a
todo destino, se possível,
do Homem.
Não sei, mas quando vejo, despertas. essas lembranças, creio que verdadeiramente:
Tengo Miedo
era louco.
Tengo Miedo agitava suas bandeiras, como se estivesse
sobre os escombros de uma batalha mui antiga, mas ainda fumegante,
vencida,
sob os seus pés, a caminhar intrépido às batalhas
futuras.
Um
gênio, louco, assim o compreendo, que ao contrariá-lo me diga:
permaneça onde estás, eu saberei fazer, ainda que seja difícil,
agora!
Não duvidei que seu olho cinza azulado, emprestado, de um céu
vulgar, visse o que sequer sonhara, incapaz, que sou, de afinar um
acorde desejado, tampouco sou capaz de carregar esse simulacro.
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