25 de out. de 2011

Tengo Miedo queria reinar. Divagações Mallarmaicas.



         Inadvertido da não vacância de qualquer trono, mesmo da Xauxa, Tengo Miedo, penso seriamente, queria reinar, com efeito. Talvez em virtude de suseranias ancestrais, tendo como mãe, a mãe que tinha, sinceramente, tudo era possível. Ainda que de lenda infundada, ele nunca a desmentiu. Assim que a divisa permaneceu.                               
                                                          Reinar. 
          Que paralelismo podia haver em suas caminhadas entre canaviais e o barulho do mar, se não fosse a concha de um caracol de mar, gigante, colada a orelha. A solidão serve de resposta. Outra. Tengo Miedo queria ser um “grande escritor”. Mas devo pontuar, que não enfeitava importâncias desta industria, conquanto que o portasse ao trono, ainda que não vacante. 
                                                    Rei de movimentos mínimos, e zás!
                                          Isto é, a calma nobre. 
         Tal imagem; daquele que tombado sobre o teclado; podendo, teria acrescentado ilustração a minha raça; não turvará, nem tampouco restará, tão somente, reminiscência.
                       Ninguém que me recorde, foi, como Tengo Miedo, engolfado pelas dobras invisíveis do: eis que estou aqui, tão veemente, a fulgurar o destino, não só dele, jovem, à juventude recém-chegado, mas a todo destino, se possível, 
                    do Homem. 
            Não sei, mas quando vejo, despertas. essas lembranças, creio que verdadeiramente:
                   Tengo Miedo era louco. 
      Tengo Miedo agitava suas bandeiras, como se estivesse sobre os escombros de uma batalha mui antiga, mas ainda fumegante,
 vencida, 
              sob os seus pés, a caminhar intrépido às batalhas futuras.
Um gênio, louco, assim o compreendo, que ao contrariá-lo me diga:
                      permaneça onde estás, eu saberei fazer, ainda que seja difícil, agora!
    Não duvidei que seu olho cinza azulado, emprestado, de um céu vulgar, visse o que sequer sonhara, incapaz, que sou, de afinar um acorde desejado, tampouco sou capaz de carregar esse simulacro.

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