15 de out. de 2011

Pensat ergo est: Tengo Miedo viu Decartes construir a guilhotina. A história da maçã é pura safadeza!

Descartes faz surgir a subjetividade que vai desaguar no capitalismo, melhor dito, no sujeito, o sujeito é: o homem capitalista, o ser quase em si. Posso de algum modo dizer que no período medieval não houve sujeito.
A construção do sujeito.
Para isso foi necessário todo um processo histórico entre outras: o descobrimento da América, Copérnico, Galileu e Giordano Bruno que questionaram a ordem da teologia medieval. Fazendo surgir assim em Descartes: o Ergo sum cartesiano: penso logo existo. É nisso que está interessado Tiengo Miedo. Por quê? Porque quando Descartes diz: Penso logo existo, corta a cabeça a Luiz XVI. Pois em treze séculos de idade média, a história não caminhou, absolutamente, já que o homem esperava que tudo, o fizesse Deus, e não fazia nada salvo esperar as promessas divinas. O que quer dizer isso, senão que o sujeito é ponto de partida indubitável do conhecimento da realidade. Anteriormente se alguma ovelha sumia, Deus quis, se alguma ovelha nascia, Deus quis; era total a nossa mesquinhez em Deus! O sujeito como ponto de partida para o conhecimento da realidade nada mais é que a filosofia idealista, e a filosofia idealista parte do “eu”, latim “id”, para conhecer a realidade. De outra forma: o sujeito constitui o objeto, isso já é Kant, e Kant não é fácil. Por enquanto Tengo Miedo fica com os problemas de Descartes. Em palavras duras: o homem é natureza, mas isso eu sei que é intangível a Tengo Miedo. Mas Descartes pensava os problemas do homem natureza, não da natureza humana. Que é outro problema, e muitos eram os problemas para Descartes, imaginem que ele queria demonstrar a realidade externa. Chove! É real? Tem gente que até hoje só acredita em chuva se molhar sua cadeira de palhinha na varanda, sua espreguiçadeira. Mas, Descartes se perguntava, se, tudo que via exteriormente, a ele, era de fato real, se existia realmente, a chuva, a enchente, a seca, a fome, a peste o pão. Tanto é que Descartes chegou a imaginar a possível existência de um ser, genial e maligno, que o enganava. Mas disse que esta coisa maligna não podia existir, pois Deus devia ser absolutamente bom, e disse: se vejo essas coisas ai fora, devo confiar na bondade divina, sendo que a Deus não lhe agrada o engano. E Descartes, sendo cartesiano, sentiu que devia demonstrar a existência de Deus. E para demonstrar a existência de Deus, Descartes disse: Deus existe porque Deus é perfeito, e a ideia da perfeição está em mim; e se a ideia da perfeição está em mim, e não fui eu quem a botou em mim, que sou um ser imperfeito, a tem que haver posto um ser perfeito, e esse ser perfeito é: Deus.

Politica! Descartes puxou o tapete mas estendeu uma rede de proteção, como a um trapezista. Assim que Tengo Miedo reputa a Descartes a invenção da rede, não do trapézio, qual o homem se balança de ponta cabeça há muito. Seria o mesmo que se hoje, decretasse o fim do casamento. Descartes manteria o Amor vivo – o Amor como rede de proteção - imaginemo-nos sem! E você não foi ao boteco, no sábado, por amor! Se Descartes, mataria a religião: restaria o casamento. No futuro alguém matará o Amor, claro, e com a morte do Amor desaparecerá o Ódio. Simples assim, se some a luz, desaparecerá a escuridão. Difícil? Você não viu nada! Falei antes que, com seu Discurso do Método, Descartes corta a cabeça de Luiz XVI, pois este pôs no homem a práxis, e este no centro do fazer, e no centro da práxis está a história e a história se acelera com o homem no centro, no lugar de Deus, que todavia existe, e nisso está a consistência de um grande filosofo, o que o faz diferir, e, em muito de um terrorista. A burguesia toma as rédeas da história e em um curto período de tempo chega ao poder, se levarmos em conta, que o Discurso do Método é de 1637 e a revolução francesa é de 1789, é muito pouco tempo, se compararmos ao tempo medieval, o tempo necessário para que se tome o poder. Assim, para que se produza o fato fundamental, o assalto da burguesia ao poder com a tomada da Bastilha e o decapitamento, bastaram 140 anos. Tudo sem excluir os iluminista. Kant! É um deles. Espero que Tengo Miedo se ocupe de Kant. Por agora Tengo Miedo está em: Descartes faz o lançamento da guilhotina, sem havê-la pensado. Assim como Leibniz ao pensar o binário, construiu ou iPad, ou antes, quando os estoicos inutilizaram o sofisma.

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