Tarrafa.
Tangentopoli foi o
nome elegido pelos italianos para denominar um país imerso na
corrupção, generalizada, que incluía todas as forças políticas e
todos os âmbitos de uma sociedade caracterizada pela compra e venda
de favores políticos e administrativos – tangente é suborno em
italiano – . Aquela sociedade podre acordou por uma refundação
das forças políticas – desapareceram então a Democracia Cristã,
o Partido Socialista e o Partido Comunista, entre outros - , num
''macroprocesso'' dirigido pelo juiz Antonio di Pietro, sob nome de
Mani Polite (Mãos limpas), e incrivelmente entronizou um dos
empresários que mais se beneficiou com a corrupção: o líder de
Forza Itália, Signore Silvio Berlusconi.
Em Espanha se vive
um momento, também. bastante delicado, neste aspecto, aonde as
detenções de políticos implicados em casos de suborno, comissões,
evasão fiscal é diária. Ontem foram detidos 51 políticos , dos
grandes partidos PP e PSOE, implicados numa rede de compra e venda de
favores.
Em nosso país a
coisa não é diferente. Algo deve ser feito, mas não se trata de
eleger um bode expiatório, e tampouco de crucificar sem provas, e
sim que todas as desconfianças sejam investigadas, talvez uma força
tarefa, que daria o nome de Tarrafa.
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