29 de out. de 2014

Dois mil anos de escuridão.

Dois mil anos de escuridão.

A bíblia em muitos casos é explicita, noutros vaga, talvez esperando que o ouvinte ou o leitor capte algum simbolismo. Não sei. Não entendo como Adão e Eva não se deram conta – antes de comerem a maçã – que estavam nus. Já tentei várias explicações, nenhuma que me fosse relevante. Uma interessante, ao menos para mim, é que havia tanta coisa no paraíso para se contemplar que nem se deram conta do pelados que iam, talvez nem de se entreolharem tiveram tempo, ou que andavam cegos, e a maçã os curou. Parece que não, mas este fato é cheio de importância. Outra que me intriga é por que subitamente decidem se cobrir, em concreto, o baixo-ventre. Não creio que houvesse câmbio climático, ao menos a Bíblia só  fala mesmo da grande inundação.
Alguém, algures, pode pensar que isso é de somenos importância, mas intuo, creio, que boa parte dos acontecimentos mais transcendentes da história ocidental, têm a origem e a explicação no fato simples e misterioso: Adão e Eva cobrem-se seus entre cochas, respectivos. Penso que o mundo seria bem diferente, se eles houvessem decidido cobrir a cabeça, o que seria mais lógico, porque a ira divina vem do alto.

Qualquer explicação neste momento se reduz a mera interpretação literária, que é para lá, para a estante da ficção literária , que o Papa Francisco mandou a obra, depois de dois mil anos de escuridão.   

Nenhum comentário: