20 de out. de 2014

Política.

Política.
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É mais que ter que gostar. Nada é mais incompreensível que esta frase: “Não discuto Política”. Qualquer discussão é política, discutir religião é política, discutir futebol é política, toda discussão política mesma a que acaba em facada, que além de política é visceral; e é visceral por falta de argumentação; e falta argumentação porque falta repertório para expressar o que pensa; e o pensamento exige informação, sentimento, conhecimento e razão civilizatória ( noutras palavras, já ser um bom selvagem), para que as contendas não acabem em facadas.
Se o ódio permeia as redes sociais, só faz eloquente nosso despreparo, político. A política já foi praticada com músculos, vide ditaduras; pelos deuses, na Grécia antiga; pela democracia grega; religiosa vide Moisés e sua constituição outorgada por Deus no Sinai, sem a qual não cruzaria nem quinta avenida; pela crendice, vide pajés; e por uma mistura de crendice e religião, vide os primeiros Papas, e depois os Reis, até o absolutismo decepado.
Das cabeças decepadas até agora, muita água rolou debaixo dessa ponte, e nunca águas calmas, pasmaceiras. Não, sempre é renhido, no mínimo, chegando à truculência muitas vezes. Dos últimos cem anos, este já é o mais longevo entre nós, em termos democráticos, seja qual for nossa democracia. Louvemos.
A democracia é o poder na mão do humano, seja qual for o humano, a democracia é uma regra entre humanos, mas o poder nem sempre esteve nas mãos humanas como já disse acima. Tudo em função de acomodar as tensões de milhões de interesses ímpares.
Há quem pense, que poderíamos viver sem os políticos. Das utopias esta é a menos possível, pois implicaria num grau de emancipação humana quase de paraíso, sem cobras, ou alguém consegue ver uma situação aonde todas as pessoas que abalroam – inclusive você e sempre – um outro carro, parar ligar o pisca alerta, pedir desculpas, dizer : ''pago tudo'', porque estou completamente errado”. Só nesta topada de dois carros , se não existisse o estado e por conseguinte: o político, ou o pajé, ou o papa, ou o rei coroado, ou adolf, para que todas as instituições políticas fossem ser criadas naquele momento, a pena de ocorrer uma morte ou mais. Mas as instituições estão presentes – ainda que ausentes segundo o ponto de vista –.

Tudo deve melhorar? Pardelhas! Se devem. Se discutirmos mais e melhor. 

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