23 de jul. de 2015

Tonto.

Tonto.

Fora dia agitado, rever parentes, ouvir crepitar a fogueira da herança, cinzas de um fogão de lenha, num tempo de salvar árvores... e que Skol é a melhor cerveja. Já estava deitado, enquanto o cérebro ainda fazia a faxina e a arrumação, o que guardar desse dia? Só fez lixo! Acesa a luz, novamente,  abro o livro Imponente, o gordinho Buck Mulligan vem andando com a cabeça no mundo da lua
tendo a mão uma tigela de gosmenta espuma, um espelho e uma navalha cruzada entre os dedos, por que será que não posso dormir sem ter lido um bocado? Isso de literatura ser soporífera! —Come up, Kinch! Come up, you fearful jesuit! Execrável ter abandonado hábitos mundanos, bares, boates, cinemas...talvez o pior de tudo tenha sido abandonar o sexo antes de dormir. Em todo caso, o que se chama prazer, só nos tonteia e nos amolece para o sono. É o turno do livro, esse, esse é interminável, por sorte! 

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