26 de jul. de 2015

Felicidade.


Para Renato Andrade. 
Felicidade é uma palavra/conceito muito, grandiloqüente. Prefiro pensar que felicidade é se levantar cedo no domingo, dar uma pedalada até a biquinha da Invernada, ler o jornal da cidade, aproveitar esse calor invernal sentado numa cadeira espreguiçadeira à calçada, tomando um arábica da Alta Mogiana, enquanto uma menina de não mais que sete anos com um bebê de colo, organiza a brincadeira de outras tantas, que discutem quem deve procurar quem!
Depois sair para comprar ingredientes faltosos e ter em mente todos. Mas, aí, sair do super e dar de cara com um amigo, que ao ver bananas na caixa de compras, te passa a receita de uma farofa que as incluí, e de súbito e seduzido,  ter que alterar o menu, para a incluir. Pimenta biquinho, a tenho num vaso, pensei. Uma farinha em flocos que me chapam o côco, idem. É só dar uma enviesada e mantenho a vagem com bacon.
Por que penso essas coisas?  Enquanto frito o bacon, depois a cebola, e um noroeste agradável passa pela cozinha, cozinho os ovos, ao mesmo tempo em que penso nos fracassos bem intencionados, os olhares de superioridade que me possam ter sido endereçados, o medo de  ciomprometerem-se, tão boas pessoas, a viagem da esquerda ao status quo, o sabor acre-doce da política a todo momento, na força destruidora que o poder esconde, e como sua visão se desfoca. Então me dou um conselho, que por sinal não o aplicarei, querer estar em tudo é uma fraqueza, pior ainda, é ridículo. 

Nenhum comentário: