14 de dez. de 2014

Segredo, Tortura, Esqueletos e Ditadura.


Certeza que já aconteceu que, no meio de uma conversa, e sem que nada tenha a ver, o interlocutor, abaixe a voz, olhe para os lados: “Isso que te conto é segredo, segredo...tá” Se trara em geral de uma bobagem que até o reino mineral já criou musgo sobre. Penso duas coisas, a primeira é que as notícias correm, e correm mais que os que as fazem correr. A segunda, é que dos segundos o mundo está cheio. Não gosto de ouvir segredos, porque em geral ele já foi contado para outras pessoas, e quando o chega aos ouvidos do próprio interessado, este começará a investigar quem a vazou!
Uma pergunta seria: Quem sabe guardar segredos? Mas não é a pergunta, e sim essa: Há algum segredo que se conserve secreto? Cada um conta o seu segredo a um melhor amigo, que tem outro melhor amigo, que tem outro melhor amigo... e nenhum desses melhores amigos são necessariamente você ou seu amigo, o amigo do amigo, é sempre um outro numa linha que não se fecha como o círculo. Quando você se dá conta todo mundo sabe o teu segredo. O que pensar? Se você não tem a virtude de guardar um segredo, não há que se esperar que os outros tenham? Parece que há um ditado chinês, que diz que: “aquilo dito na orelha de um homem, se ouve a milhares de quilômetros.” Imagine com os multiplicadores Twitter e Facebook zapzap...
Penso que os ingleses devam ter algo a nos dizer: “To have a sleleton in the cupboard”, nem precisa explicar, de tão transparente. Quem não tem um esqueleto no armário? Aliás, tem gente que ele próprio está dentro do armário.


E por falar em esqueletos, pensem na Ditadura, mas nem a CIA conseguiu esconder suas torturas!

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