Certeza que já
aconteceu que, no meio de uma conversa, e sem que nada tenha a ver, o
interlocutor, abaixe a voz, olhe para os lados: “Isso que te conto
é segredo, segredo...tá” Se trara em geral de uma bobagem que
até o reino mineral já criou musgo sobre. Penso duas coisas, a
primeira é que as notícias correm, e correm mais que os que as
fazem correr. A segunda, é que dos segundos o mundo está cheio. Não
gosto de ouvir segredos, porque em geral ele já foi contado para
outras pessoas, e quando o chega aos ouvidos do próprio interessado,
este começará a investigar quem a vazou!
Uma pergunta seria:
Quem sabe guardar segredos?
Mas não é a pergunta, e sim essa: Há algum segredo que se conserve
secreto? Cada um conta o
seu segredo a um melhor amigo, que tem outro melhor amigo, que tem
outro melhor amigo... e nenhum desses melhores amigos são
necessariamente você ou seu amigo, o amigo do amigo, é sempre um
outro numa linha que não se fecha como o círculo. Quando você se
dá conta todo mundo sabe o teu segredo. O que pensar? Se você não
tem a virtude de guardar um segredo, não há que se esperar que os
outros tenham? Parece que há um ditado chinês, que diz que: “aquilo
dito na orelha de um homem, se
ouve a milhares de
quilômetros.” Imagine
com os multiplicadores Twitter e Facebook zapzap...
Penso
que os ingleses devam ter algo a nos dizer: “To have a sleleton in
the cupboard”,
nem precisa explicar, de tão transparente. Quem não tem um
esqueleto no armário?
Aliás, tem gente que ele
próprio está dentro do armário.
E
por falar em esqueletos, pensem na Ditadura, mas nem a CIA conseguiu
esconder suas torturas!
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