"A alma é, em certo
modo, todas as coisas." Disse Aristóteles.
Mais que pleitear a vida
pós-moderna desde a liquidez; do que tanto tem se falado
ultimamente, no sentido da fluidez da fugacidade das estruturas
sólidas de hoje em dia, também das do conhecimento; a água pode
ser o símbolo dessa totalidade sábia, porque é um elemento
tolerante, que tem bastante em qualquer forma de recipiente ao qual
se adapta, sem predileção especial, sem arestas, sempre cede, se
distribui democraticamente, por onde podemos fluir, acalmar-nos
refletindo a tranquilidade como autoconhecimento.
Assim o homem sábio
não é aquele que sabe, senão o que entende. Entende o mundo,
entende o outro, entende a si mesmo. A sabedoria é um estado qual
não se necessita saber nada, nem sequer aspirar tal saber, é
permanecer no centro do círculo e celebrar cada instante com
plenitude e sem ir aos extremos para não cair. É uma aspiração
humilde e involuntária.
É chover no molhado
dizer que andamos por tempos bicudos, pouco propícios à sabedoria,
antes talvez caminhamos com desespero e vertigem rumo à necedade ao
disparatado à estupidez, a futilidade, à vaguidade de ideais
incongruentes, como estas luzinhas pisca-piscas para enfeitar
árvores e jardins.
O sábio deve ocupar
seu espaço e se inter-relacionar com o meio pelos sentidos, emoções,
sensações, percepções, apreensões e construir um diálogo
profundo com o eu, o tu, o ele, a terra, fundado no respeito, que ao
fim e ao cabo é o conceito mais alto de conhecimento.
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