Dizem que eles
entraram no banco armados e gritando: “ Ninguém se mexa, o
dinheiro não é de vocês, mas a vida...”. Todos obedeceram, e se
deitaram de barriga pra baixo (isso é uma “mudança de hábitos'',
dizem os marqueteiros) enquanto os ladrões iam enchendo as mochilas.
Limparam os cofres e quando já se mandavam, o ladrão mais moço (
que tinha curso superior e um MBA em Administração de Empresas)
disse ao ladrão analfabeto: “ E se a gente contasse o dinheiro?”,
o atracador mais velho lhe respondeu: “Não seja idiota, não é
hora de contar, e já saberemos a quantidade pelo noticiário da TV”
( Isso tem nome, é a ''‘experiência’'', mais importante hoje
em dia que qualquer título acadêmico).
Quando os ladrões
haviam se mandado, e o chefe da segurança queria chamar
imediatamente a polícia, o gerente disse: “ Espera ai, vamos com
calma.... antes devo contabilizar os milhões que faltam do desfalque
do mês passado, assim o denunciaremos junto, como se os ladrões os
tivessem levado hoje”; (em economia moderna isso tem nome: “tirar
vantagem de uma situação desfavorável”). Logo depois, nos
telejornais do meio dia, já informavam que os ladrões haviam levado
5 milhões do banco, quando na realidade os dois paspalhos haviam
levado 20 mil reais. O assaltante estudado, ficou indignado, ao se
dar conta que havia arriscado a vida para ganhar 20 mil e o gerente
sem mover uma palha levava 4 milhões e novecentos e oitenta mil.
Logo se lembrou do lhe ensinaram na MBI : ''O conhecimento é mais
valioso que ouro”. O gerente, ao contrário, se sentia muito feliz,
sabendo que contando, ainda mais, com o seguro, havia feito um
negócio vantajoso, isso devem dizer em cursos de Bolsa e Mercado
de Valores, e repetem a toda hora nos telejornais de economia:
“Correr risco para aproveitar as oportunidades” .
Concluo: um homem
com uma arma pode roubar um banco, mas dê um banco a um homem que
ele rouba todo mundo.
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