2 de dez. de 2014

Nada se cria, nada se perde...

Nada se cria, nada se perde.

Deixando a sinédoque e a metonímia de lado, pois só me querem constranger, concluo ou presumo que não tenho qualquer poder sobrenatural, tampouco sei ou presumo os métodos e as motivações

do universo. Sinto que a realidade é um paradigma, mais precisamente uma ilustração de uma regra, provavelmente, não verificável. É só uma percepção, que nada tem de grandiosa, como a ordem ou o amor, é bem mais humilde, trata-se da coincidência. Dentro dessa regra presumida, percebida, não importa o quanto queira manipulá-la, porque ela pode assumir somente poucas e certas, ou incertas formas. Todos e o mundo nos deslocamos num movimento contínuo e ao mesmo tempo limitado nas suas possibilidades. Isso só me consola, porque sei que cada traição é apenas uma de uma série infinita. Toda atrocidade tem sua antecedente também horrível. “Rien ne se crée, rien ne se perd” . Assim simultaneidades inesperadas são as regras. Coincidência de pensamentos meus com os de outros. E eu e os outros, que podem ser virtuais, ficcionais, reais e míticos, peregrinamos nesse processo universal.  

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