Finados.
Não importa aonde
vou, fugindo do que for, por mais que me distancie, esconda; sempre
levo na memória do coração aqueles beijos. Nada mudará o perfume
daquelas horas secretas nas quais perdi o senso que me livraram
completamente, naquele instante, do passado e do futuro. E por onde
for não poderei escapar da verdade e da beleza daquele olhar que se
fundia ao meu.
Não poderei ser
ateu de ti, se não esqueço o Pai Nosso...
Onde for, voando com
asas de barro ou fogo, levo minhas raízes... É tão bom, da mesma
forma ir e ir-se, se penso na liberdade, se é que ela faz algum
sentido, a deserção é um deles, tirar o time de campo. Não ficar
preso, atado, aferrado, enganchado, ancorado... dar no pé, ainda que
à francesa. Porque há gaiolas que em nada se parecem a gaiolas e
saídas que são entradas. Içar velas, meter o pé da estrada, estar
de passagem é o que há de definitivo para preservar a integridade
pessoal. Já que cedo ou tarde mesmo a viagem chega ao fim, ou ...
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