Trago o seu amor de
volta...
Parece mentira que
em pleno séc XXI, seja tão fácil encontrar anúncios em todas as
mídias de cartomantes, videntes, astrólogos e todo tipo de
sem-razão, que por um bocado de dinheiro se oferecem para curar
milagrosamente, adivinhar o futuro, recuperar o amor ou garantir boa
fortuna.
É curioso que
atitudes que correspondam às primeiras etapas da evolução da
humanidade, o pensamento mágico entre tantos - continuem
enraizados. As vezes, fazemos coisas aparentemente ridículas – não
pisar numa risca de rejunte de lajotas, levantar da cama sempre com o
pé direito, não abrir o guarda-chuva dentro de casa, não passar
debaixo de uma escada, bater na madeira, etc. Ainda que essas sejam
superstições ou manias inofensivas, mas suponho que cada vez são
menos pessoas as que levam a sério a má sorte de cruzar com um gato
negro, ou estilhaçar de um espelho ou o derramamento de um saleiro.
As superstições
têm a ver com a crença mágica de que fazer ou não certas coisas
pode influir no nosso futuro e no dos nossos familiares e amigos.
Acender uma vela. E há os que têm suas raízes na história. Dizem
que Jesus, quando arrotava, é porque algo estaria por acontecer e o
arroto me parece poético num bebe, ademais é só uma escrotice.
No teatro se evita a cor amarela, porque parece que quando Molière
morreu, em cena, andava vestido desta cor, além, claro, da famosa
'merde'!
Desconheço a
magnitude sociológica atual destas crendices. É possível que as
situações propiciem o reforço de algumas superstições: ''agora
ele entrega todo mundo!'' Penso que os acontecimentos são
estritamente arbitrários ou poéticos.
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