9 de ago. de 2015

Hiroshima, Litle Boy!

Hiroshima.

70 anos. Desde o B-29 Enola Gay se lançou a Litle Boy, a primeira bomba atômica, sobre Hiroshima, faltavam 15 minutos para as 9 horas daquela manhã.
Uma explosão equivalente a 13 quilotons de trinitrotolueno. Do rabo do bombardeio, um soldado descreve: uma coluna de fumaça sobe rapidamente, no seu centro um vermelho terrível. Tudo é turbulência. Uma massa borbulhando em cinza violácea, e um núcleo vermelho.
Um protagonista ainda pouco conhecido nos dias que correm dessa trágica história foi Claude Eatherly, que pilotava o Straight Flush.que sobrevoou a cidade pouco  antes, para dar luz verde à façanha, "o alvo é perfeito, não há nuvens..." como deixou escrito em uma de suas cartas. Logo quis se apartar do papel de herói. Foi internado em hospital psiquiátrico, contra vontade. Era pessoa interessada, desde que se fizesse uso da razão, de como " se deve atuar" e até que ponto as consequências das ações individuais podem ser transferidas aos governos, ou a instituição qual as ordenou. Daquela data até 1978, quando morreu, se culpabilizou. Se converte num ativista pela paz. Mantém correspondência com Günther Anders, filósofo vienense, cartas de cunho filosófico e moral. A questão central desta correspondência é se um indivíduo pode se esquivar da responsabilidade dos seus atos ou do seu trabalho e qual a consequência disso para os demais humanos. 

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