Conhecido
principalmente pela sua teoria da sociedade do risco, que considera a
atual distribuição dos riscos incapaz de corresponder às
diferenças sociais, econômicas e geográficas, próprias da
primeira modernidade, e em condições de impor novos perigos
disseminados em escala global e de mais difícil controle, o
sociólogo alemão Ulrich Beck, disse em algum lugar que se quisessem
saber como seria a Europa do futuro, bastaria olhar para o Brasil.
Garante que a crise 2007\8 e que dura, botou um peso na balança,
desequilibrando o poder no mapa político.
De outra,
prospectivamente diz que os novos objetivos – europeus – são
conseguir um novo contrato social, de modo a afastar a catástrofe
anunciada, e fugir do atual “monstro político” - a Europa
alemã – Alemanha, que também caminha para a decadência, pela
inviabilidade das suas fronteiras abertas, as suas normas relativas à
qualidade dos alimentos e do ambiente, a liberdade de expressão e de
imprensa, as suas universidades ligadas em rede e cooperando entre
si, a relativa fluidez do mercado de emprego...
Assinaladamente há
uma diferença fundamental entre liberdade de expressão e de
imprensa. Gerada pela separação entre Sociedade Mediática e
Sociedade Civil, esta também enunciadora. Aquela representando
interesses próprios, ocasionalmente e aparentemente representando a
sociedade civil, mas sempre com interesses próprios. A expressão
mais simples da Liberdade de Imprensa é propagandística, se antes
ficava claro o que era propaganda e notícia, hoje está claro que
tudo é propaganda – há que se dizer, por força de ilusões, que
nem tudo é pago em moeda corrente, havendo um intercâmbio “natural”
com as várias formas de poder - . Pois é notório, que Sociedade
Mediática é sem sombra a dúvidas um conjunto de empresas e
corporações cuja mercadoria única é a opinião disfarçada de
informação. Longe vai o tempo em que a informação era a
mercadoria principal, nos dias que correm as únicas informações
''puras'' – no sentido de isenção de auto interesse – estão
no âmbito policial e da fofoca, e fatos corriqueiros do cotidiano
mais mundano. Por isso não sabemos a realidade, por exemplo, da
questão energética ligada ao petróleo – no âmbito meramente
informativo -. Sabemos que a Petrobras perde valor nas bolsas de
valores, no entanto esta informação é passada com o vínculo –
quase único – da corrupção, e é claro, que não pode ser
afastado; no entanto, a crise “energética” é global e o excesso
produtivo proposital – crise esta a propósito dos riscos
perpetrados pelo próprio sistema, na visão de U. Beck –, sendo
que pouco sabemos dos seus reais motivos e propósitos geopolíticos.
Por outro lado à Sociedade Civil enunciadora, não legitimada pelos
poderes mediáticos “legítimos”, cabe o papel de caçadora de
conspirações.
Assim a Liberdade de
Imprensa, diria, funda-se na liberdade de não-expressão, negando à
sociedade civil as informações reais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário