6 de jul. de 2011

Tengo Miedo de La Muerte y Epitafio. A Teoria.

Uma síntese de como pensava Tengo Miedo, numa redução acachapante, é que o corpo – o que inclui todo o sistema nervoso – é o chassi do humano, que não vê diferença entre o bom e o ruim, o bem e o mal. Tengo Miedo lia Nietzsche. Esse chassi humano não cruza o rio, por não nadar e não haver uma ponte. A memoria – esquecimento e lembranças – é um decalque sobre essa base. A memória não sabe se já cruzou o rio. Se sonhou. Se inventou o sonho. Se ouviu de outro. É o social. O leão não se recorda de nada. O leão se apaixona pela mesma leoa - entre tantas - a cada novo dia. O leão não vacila, luta. O leão não recorda se já lutou, se venceu ou foi derrotado. Vale o mesmo para a leoa. Seu sistema é algorítimo, sem juízo de valor. Como o Google. O humano por não ter os sentidos tão infalíveis, ou aguçados como outros animais, fez valer a memória, mas a memória é falta. Assim acabou por conseguir resultados diferentes para a mesma ação, quais não soube valorar, pois isso envolve ter certeza se fez, inventou que fez, viu fazer, sonhou, inventou o sonho, leu em algum lugar ou se tinham mesmo a mesma cor. Por essas e outras que o humano enlouquece. O chassi não enlouquece, mas deixa de levar em conta a interface. Esta desconectada do referencial fica desnorteada. Para Tengo Miedo, havendo uma saudável relação entre social – memória - e o instintivo – chassi – um intervem no outro com algum desequilíbrio favorável ao instinto. Para Tengo, a tristeza humana é fruto da constante derrota do instintivo, do leão, da leoa se quer em favor da memória traiçoeira. Ora vamos, se isso não é somatizar. Seja, incrustar algo - vindo de fora – no instinto, no sistema nervoso. Tengo Miedo via nessa brecha a possibilidade de atuar com suas errantes palavras.           

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