1 de jul. de 2016

Tolstoi e a Copa

Tolstoi e a Copa.

Durante a Copa posso usar o tempo do jeito que desejo.  A leitura de clássicos me cai como uma luva, porque para encarar textos de 1500 páginas, este é um tempo ideal, tem que ser assim um pouco obcecado e gostar de superação pessoal, comparo acabar um livro desse calibre  a chegar ao topo de uma montanha, a montanha da vida. E mais, se manter ali no topo, porque com a literatura não há cabaninhas a meio do caminho, com fogueirinha e café quente, quando se chega ao topo, lá se fica... colado com clara seca de ovo... Guerra e Paz... Tolstoi... quinze capítulos... dois epílogos... um horizonte avermelhado de agosto em julho.... primeira leitura... temeroso... sem devoção.... aqui estou... diante de uma precisa metáfora essencial de mim... grandes intenções, ideias ambiciosas... e a Copa é ímã...e... sou ferro... Enquanto isso viajo na maionese, no tempo, no dia que acabei de ler, uma leitura rápida, como a volta para casa de um embriagado, que se esquece o caminho percorrido, mas não será problema de fundo ou de forma, bastará que releia, e se não bastar, outras vezes em outras línguas, e com essa obsessão, sei que uma grande obra aguenta todas  elas, suas culturas e vieses, mas se preciso for, o farei no original.... isso  será a extrema grandeza...

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