Into the wild.
Não vou falar do
filme de Sean Pen, e falo, mas me importo, mais agora, com a
tradução livre e espontânea que pensei:
Silvestrarse.
Trazemos certo ruído
de uma permanente atração pelo limite, a fronteira,
como se na alma estivesse agasalhada uma chamada que a cidade não
oferece resposta. Essa coisa 'selvagem', frequentemente, é
algo a conquistar (domesticar) ou bem a sonhar (pioneirismo), mas me
parece que o natural é outra coisa.
Outra coisa, que nada
tem a ver com a ecologia que é uma forma de piedade para com a
coisa selvagem.
Exatamente o quê,
queremos dizer com natureza selvagem? Pode-se supor algo grandioso,
duro, dramático, violento e formoso; algo que no fundo, nos
oferece alguma coerência na sua falta de medidas, alguma beleza
na sua crueldade.
Da natureza devemos
voltar para casa mais sábios, como nos contos infantis. De
certa forma não pensamos na natureza quando nos deparamos com
terríveis deformações congênitas, a morte
súbita, ou as conseqüências perversas de nossas
boas intenções.
A natureza não
tem sentido.
Se buscarmos na
natureza algum sentido, não passa de outra que não a criação de
nova religião. Me parece que no momento em que esperamos algo
da natureza começamos a ser piedosos, quem espera, já é
um crente, e estamos batendo sem saber na porta da divina
providência.
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