23 de nov. de 2015

Into the Wild.

Into the wild.

Não vou falar do filme de Sean Pen, e falo, mas me importo, mais agora, com a tradução livre e espontânea que pensei: Silvestrarse.
Trazemos certo ruído de uma permanente atração pelo limite, a fronteira, como se na alma estivesse agasalhada uma chamada que a cidade não oferece resposta. Essa coisa 'selvagem', frequentemente, é algo a conquistar (domesticar) ou bem a sonhar (pioneirismo), mas me parece que o natural é outra coisa.
Outra coisa, que nada tem a ver com a ecologia que é uma forma de piedade para com a coisa selvagem.
Exatamente o quê, queremos dizer com natureza selvagem? Pode-se supor algo grandioso, duro, dramático, violento e formoso; algo que no fundo, nos oferece alguma coerência na sua falta de medidas, alguma beleza na sua crueldade.
Da natureza devemos voltar para casa mais sábios, como nos contos infantis. De certa forma não pensamos na natureza quando nos deparamos com terríveis deformações congênitas, a morte súbita, ou as conseqüências perversas de nossas boas intenções.

A natureza não tem sentido.
Se buscarmos na natureza algum sentido, não passa de outra que não a criação de nova religião. Me parece que no momento em que esperamos algo da natureza começamos a ser piedosos, quem espera, já é um crente, e  estamos batendo sem saber na porta da divina providência.


Nenhum comentário: