2 de jan. de 2012

Castelo de areia.


 Absolutamente tudo comparado ao tempo universal é Efêmero. O é: a terra, o sol, a lua e por consequência a muralha da china.
Que dizer de meu amor, de qualquer paixão que tive, paixão que às vezes dura menos que uma cigarra.
Qual e quanto de meus amores e paixões se criaram isentos de vínculos fetichistas.
... que era andaluza, e se dizia Lole, ou ainda que todo mundo queria, era a mais bonita( do bar, da rua, da solidão) ou se parecia a grande mãe junguiana, era o meu espelho, onde eu narciso me afoguei ao cruzar a minha imagem, ou ainda por embriaguez de todo o anterior, ou por um par de copos, por ser um tipo ( eu ) de macho, pela música que sonava, para contar amanhã, pois estava tanto mais ébrio que tão-só de cachaça.
Enfim quando fui um ser centrado, sabedor e sensível do que podia ser para oferecer, das minhas qualidades humanas de haver nascido depois de suposto dilúvio, seja 10.000 anos de cultura humana.
Não estou querendo um poeta, que por verdadeiro é Poeta e cuja poesia é sensual. Quais poderia citar? Muitos. Um? Drummond.
Mas estou falando de ser Poesia. Viver poesia e como atos desta, verbos, adjetivos, rimas...
se não posso ser uma estrofe, que direi, uma poesia.
O sujeito.
O verbo.
O pronome.
O adjunto.

Ser.
Pleno.


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