3 de jan. de 2012

Cronopios e Famas. Sem esquecer das Esperanças.

Cronópio desenhado uma andorinha sobre a tartaruga.
copiei daqui.




O ponto é: todo o sistema só consegue, efetivamente, garantir o direito à propriedade. O direito à liberdade de ideias, é uma mutação,  uma liberdade de proprietários. E liberdade de ideias quer dizer variedades de ideias de cada indivíduo que queira produzir ideias, e as ideias quase sempre se contrapõe. Assim que a liberdade de ideias implica em conflitos. Conflitos que devem se resolver no âmbito da democracia. Como as crianças e em casa. Assim, liberdade de ideias, no âmbito do mercado, é o que de mais oco e vazio existe. Nem sequer se pode dizer que exista. De verdade é uma abstração, uma aberração, não grito só com mais força digo: um aleijão. Me lembro dos Cronopios que ao chegar a uma cidade perseguem a baba do diabo. Enquanto os Famas foram ao cartório declarar seus pertences tão logo chegaram ao destino de turismo; antes já haviam reservado hotéis e não sei se conseguiram uma cadeira na praia.  Provavelmente, não gostaram do lugar, pois chovia, mas os Cronopios, estes disseram: é uma bela cidade. E provavelmente dançaram, coisa que alegrou as Esperanças. Trégua, Catala. 

Um comentário:

Nazaré disse...

Falando em cronópios, famas, esperanças, liberdade de idéias e abstrações, lembra daquele sujeito que trabalhava na Unesco e tinha um enorme senso de humor e uma capacidade de abstração assombrosa? Ele podia ver (entre outras coisas) pares de orelhas, em fila dupla, na entrada, no seu escritório, na cantina (pareciam asas!)... Quando foi demitido, abstraiu as lágrimas da secretária e se deleitou com as fontes cristalinas que jorravam no ar e caiam sobre os boletins oficiais...
Abstrações, liberdade de idéias... São mesmo coisas de proprietários!