31 de jan. de 2012

Deus Morreu. Nietzsche. Nietzsche Morreu. Deus.


Bases para a Igreja do Humano.


A vontade de poder não pode ter fim, ou seja, não deve ser somente conservadora, necessita de novas conquistas. Adolf Hitler encarnou a vontade de poder nietzschiana no limite. Quando Adolf Hitler nasce politicamente, primeiro se faz fotografar com Elisabeth, irmã de Friedrich e o próprio busto do filosofo de A Vontade de Poder. O fueher surgia belicosamente, ao exigir o espaço vital: Eu sou Alemanha e conquanto Alemanha exijo o espaço vital para Alemanha, claro que nenhum espaço seria suficiente para tanta vontade de poder. Mas a grande sacada de Nietzsche é que a vontade de poder deve antes de mais nada querer-se a si mesma, é um ir além constante, isso está em Hegel, na dialética do Senhor e do Escravo. Como está em Sartre na intencionalidade da consciência, seja consciência fenomenológica atirada no mundo, que sempre vai além de si mesma. Se quiséssemos, a história da sacolinha é uma vitória da vontade de poder de quem não quer mais dar sacolinha, assim aos derrotados cabe comprá-la, o que é uma conquista do capital e não do meio ambientalismo, que não é consciência, pelo simples motivo que não se gera consciência, se esta não está já lançada, porque a vontade de poder é intencionalidade e está jogada no mundo.
A vida é vontade de poder, o mundo é vontade de poder. Sarkozy é vontade de poder, Merckel é vontade de poder, Dilma é vontade de poder, intencional, e ademais não deve somente conservar, deve crescer, aumentar, pois que senão se afunda e morre. Por esse simples fato, Serra não pode se retirar, pois seria ignominioso. Por isso também o Império Bélico-Comunicacional norte-americano deve seguir crescendo, e se sair do Oriente médio, em outra geografia buscará espaço vital.
Da mesma forma a vida tem porvir pela vontade de poder. Em A Gaia Ciência, Deus Morreu. E todos os valores supra sensíveis, conquanto valores de Deus, da imagem de Deus, nisso instância suprema e fundadora, acima do homem, porque Deus é fundamento do pensamento daquele que o aceita. Portanto quando Nietzsche diz que deus morreu, diz que seu pensamento não se baseia no fundamento divino, e seu pensamento seguirá dizendo da vida, que a vida é porvir, é potência, e a vida é verdade, e a verdade é aquilo que a vontade de poder conquista, e note, meu caro, que frase disse Friedrich Nietzsche:
Não há fatos, há só ou tão somente interpretações.
É descomunal. Onde está a verdade? E ai, o vai seguir Foucault: 'A verdade é uma conquista da vontade de poder'. Se você duvida disso, faça se já não faz, ligue o rádio, leia os jornais, o Datena e verá a quantidade de interpretações de cada fato no começo do dia, uma interpretação não é a verdade, mas aquela que se impor no final da jornada, se imporá pela vontade de poder. A verdade é filha do poder. Claro que eu também tenho minha verdade que colide, inclusive, com outras verdades, pequenas com certeza, brigam entre elas as verdades, mas a que seguirá, será aquela emitida pela maior fonte de poder, e que prevalecerá sobre as demais. Nietzsche é assim, belicoso, e concebe a verdade como luta, como enfrentamento, e como expressão poderosa de quem precisa continuar conquistando. É nisso que nasce o Nihilismo nietzschiano, que ao ver que as verdades supremas, divinas, os ideais platônicos, nihilizaram a vida, ele então nihiliza o próprio deus. E nihilizar é negar, e Nietzsche nega a Deus, e este pensamento reduz deus a cinzas. Porque o que põe como sua meta é a verdade da vida, a verdade do porvir, a verdade da conservação do poder, a verdade da conquista da vontade de poder e conquista da verdade pela vontade de conquistar da vontade de poder. Ou seja, quanto mais poderosos somos, mais donos da verdade vamos ser.
Hegel era um otimista, Marx era outro otimista, que achava que uma classe social viria a botar ordem na história, desalojando o poder dos homens, mas para Nietzsche não há ordem na história, a história é caos: verdades se colidindo: é a luta para impor meu poder ao poder do outro e a medida que meu poder se impõe, impõe a minha verdade e minha verdade é conquista da minha vontade de poder. Todo esse furação esse redemoinho é Dionisíaco. 'É o esplendor da embriaguez, onde cada membro se entrega a embriaguez' (Hegel). Não a racionalidade de Apolo, pois o pressuposto é que o 'eu' se perca, e ao se perder, perder a individualidade. Mas perder o 'eu' é acercar-se da loucura. E viver é, no fundo isso, perder o 'eu' e embriagado não saber nem sequer quem sou. É uma concepção sanguínea, barbárica, rapinica.
Um ser apolíneo não perde a razão, não perde o centro do 'eu'. Mas, o ego se perde na festa dionisíaca e entrega-se aos instintos.
'Todo desejo contido engendra a peste.' William Blake.
E Nietzsche disse: Todos os instintos que o homem mantem contido em si, por meio da cultura apolíneo burguesa, por meio da piedade, compaixão, e o ascetismo cristão, que censura, que lacera aos instintos mais autênticos, selvagens, brutais e descontrolados do homem: tudo isso é peste.
Há que se entregar desaforadamente aos instintos dionisíacos e perder-se e recuperar-se como besta, como ave de rapina, como guerreiro bárbaro e gozar, gozar por si e fazer gozar aos outros homens em meio a uma orgia interminável.
Para tudo aquilo que Hegel disse: o real é racional e o racional é real, nada disso, tem valor para Nietzsche, em vez disso:
Instinto, Dionisismo e Loucura.

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