Na Roma antiga o
candidato a cargo no Fórum Romano; que era um centro comunal
ademais de um centro comercial – há fóruns Romanos por toda a
Europa, inclusive há um – nada mais que o piso, magnifico diga-se
de passagem – em Conimbriga que foi a origem de Coimbra. Pois
retomando, o 'candidatus' usava branco, como simbolo da pureza, vê-se
que a coisa é velha, dai vem cândido, Voltaire poderia dizer mais
com um simples nome?
Não
é fácil encontrar a candura, a candidez em nossos candidatos, mas
seguramente a devem ter. Ninguém, absolutamente, é absolutamente
malvado. O absoluto não existe, nem esta frase, em absoluto. O
grande problema é que falta algo, que conforme, que de forma às
deformidades; por exemplo, um determinado indivíduo é aguerrido. Tem certos seus quereres e aplica-se, com afinco, garra, ainda que intuitivamente, para atingir o que deseja.
Trata-se de qualidade particular, na sociedade que vivemos, qual
deposita toda a importância e honrarias àquele que abre caminho em
meio à massa disforme, diga-se de passagem: uma grande qualidade.
Porem, e a vida é cheia de poréns, esse indivíduo, uma vez,
investido de um mandato - talvez antes, na filiação - deveria conformar-se a ele, adquirir sua
forma, e ser balizado por interesses do eleitor do seu partido, de
ideologia própria, o quê permitisse ao eleitor certa, pequena que fosse,
garantia das margens de atuação, 'aguerrida', em defesa de posições
do programa, do estatuto e da ideologia partidária.
Ocorre
algo interessante nesse sentido. Nossos partidos políticos são
formados, quase que absolutamente, não mais que por políticos.
Políticos no sentido de candidatos, e no âmbito municipal a coisa
se restringe a candidatos e seus cabos eleitorais, estes em geral são
em número e grau parelhos àqueles cargos, que tendo o candidato conseguido
o mandato, disporá. Número finito de cargos, sempre, seja assessores ou um
que outro cargo na máquina administrativa municipal, dependendo de
seu coeficiente eleitoral e sua força dentro do grupo, dito partido,
este sim, sempre, quase absolutamente é propriedade particular,
regionalmente sempre, e muitos nacionalmente, cacicados, cujos
programas, como diria Eça, sem eira nem beira, tudo o que existe dentro
dos limites da extrema direita neo liberal à extrema esquerda
maoista estão no bojo de seus programas. Quase absolutamente tudo
inexequível, restando a seu eleitor o cândido interesse daquele particular, e ao eleitor (dele) sair pelo mundo acusando os outros, eleitores, de não
saberem votar. Deus que candura!
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