Um amigo escreveu: A
maioria parecem... não, amigo, a maioria não parecem, parece. Que
diferença isso faz?
Nenhuma. A menos que eu queira me armar em professor melindroso de português e “espezinhar”, “cutucar”
e mesmo “menosprezar” um companheiro de discussão. Porém, não sou mesquinho, quero dar a coisa ares de “pressuposto” em barganhas argumentativas. Vejamos
que mormente aquele que desobedece a gramática exige do outro
concordâncias sociais, e ainda pode chamar aquele a que quer se
execrar de: apedeuta, claro! Dando à frase onde emprega o palavroso
todo cinismo e ironia possíveis. É certo que, o fato daquele, que
em nome da erudição , escolaridade, cometer tal gafe, não diploma o
apedeuta, mas mostra que o licenciado ou bacharel acaba por ser um
prisioneiro do canudo, e tristemente, menor que ele.
Um
outro também escreveu: A maioria... da USP. Ora, ora vamos devagar
com esse andor. Primeiro que a USP inteira (rsrsrsr caco) é uma
minoria, e dentro desta minoria há minorias setorizadas, assim que
os uspianos da FFCL se assemelham mais com o pessoal do IFCH da
Unicamp, que com seus colegas de campus da Matemática, assim que
pouco podemos concluir quando comparamos laranjas com abacates,
senão que são frutas. Alem do quê: o pensamento, a retórica, a
dialética, não compreendem essa estatística: maioria, minoria, em
geral quantidades que na verdade são alguns interlocutores daquele
que argumenta, que por um motivo desconhecido é multiplicado por um
qualitativo, fazendo que dois primos consanguíneos façam uma
maioria qualquer.
Um
outro escreveu que deu no Estadão algo como: os estudantes durante a
pugna ofendiam os policiais, enfim queriam dizer que dos policiais
quando a cavalo, não se pode saber quem é quem.
E
a partir disso faz uma “análise” do “movimento estudantil”
em questão. É o mesmo que analisar o jogo entre Santos e
Corinthians desde a chulice da galera. O policial estava no lugar
certo na hora combinada, dentro da estratégia do seu estado maior.
Assim como o estudante “guerreiro” também cumpria seu papel
“heroico”, e claro que a coisa ai é medir forças, e poderia ter
acontecido qualquer coisa. E é lógico que se houvessem feito uma cagada
monumental, que soe ocorrer onde há concentração de pessoas
nervosas versus policiais militares, por isso, armados, os média
diriam: despreparo do agente da lei. Quando devíamos discutir os
quês e porquês do acontecimento, se é que há algum interesse em
se saber o quê do que realmente se passa em nossa, triste sociedade,
como um todo, e talvez muito menos o que se passa na USP, se é que
lá na USP passa alguma coisa, e mesmo se há que passar alguma
coisa.
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