11 de nov. de 2011

USP em tudo. Releituras de um fato em si inútil.




Um amigo escreveu: A maioria parecem... não, amigo, a maioria não parecem, parece. Que diferença isso faz? Nenhuma. A menos que eu queira me armar em professor melindroso de português e “espezinhar”, “cutucar” e mesmo “menosprezar” um companheiro de discussão. Porém, não sou mesquinho,  quero dar a coisa  ares de “pressuposto” em barganhas argumentativas. Vejamos que mormente aquele que desobedece a gramática exige do outro concordâncias sociais, e ainda pode chamar aquele a que quer se execrar de: apedeuta, claro! Dando à frase onde emprega o palavroso todo cinismo e ironia possíveis. É certo que, o fato daquele, que em nome da erudição , escolaridade, cometer tal gafe, não diploma o apedeuta, mas mostra que o licenciado ou bacharel acaba por ser um prisioneiro do canudo, e tristemente, menor que ele.

Um outro também escreveu: A maioria... da USP. Ora, ora vamos devagar com esse andor. Primeiro que a USP inteira (rsrsrsr caco) é uma minoria, e dentro desta minoria há minorias setorizadas, assim que os uspianos da FFCL se assemelham mais com o pessoal do IFCH da Unicamp, que com seus colegas de campus da Matemática, assim que pouco podemos concluir quando comparamos laranjas com abacates, senão que são frutas. Alem do quê: o pensamento, a retórica, a dialética, não compreendem essa estatística: maioria, minoria, em geral quantidades que na verdade são alguns interlocutores daquele que argumenta, que por um motivo desconhecido é multiplicado por um qualitativo, fazendo que dois primos consanguíneos façam uma maioria qualquer.

Um outro escreveu que deu no Estadão algo como: os estudantes durante a pugna ofendiam os policiais, enfim queriam dizer que dos policiais quando a cavalo, não se pode saber quem é quem.
E a partir disso faz uma “análise” do “movimento estudantil” em questão. É o mesmo que analisar o jogo entre Santos e Corinthians desde a chulice da galera. O policial estava no lugar certo na hora combinada, dentro da estratégia do seu estado maior. Assim como o estudante “guerreiro” também cumpria seu papel “heroico”, e claro que a coisa ai é medir forças, e poderia ter acontecido qualquer coisa. E é lógico que se houvessem feito uma cagada monumental, que soe ocorrer onde há concentração de pessoas nervosas versus policiais militares, por isso, armados, os média diriam: despreparo do agente da lei. Quando devíamos discutir os quês e porquês do acontecimento, se é que há algum interesse em se saber o quê do que realmente se passa em nossa, triste sociedade, como um todo, e talvez muito menos o que se passa na USP, se é que lá na USP passa alguma coisa, e mesmo se há que passar alguma coisa.

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